Viagra custa R$ 50 em cabarés de luxo de São Paulo
É proibido. Mas, em troca de uma boa quantia em dinheiro, dá para resolver tudo ali mesmo, nos banheiros dos pontos de prostituição mais chiques da cidade.
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Tudo é feito às escondidas. Negociar um comprimido de Viagra, só ao pé do ouvido. O patrão não pode nem sonhar com esse tipo de comércio.
Abordado, o funcionário de uma boate da zona oeste saca a cartela de azuizinhos do bolso e dá o preço: R$ 50 a pílula. "Faz efeito em 20 minutos. É o legítimo", diz.
Moças que frequentam a casa --e cobram R$ 500, em média, por uma hora de programa-- e outros empregados sabem indicar o caminho até o remedinho.
O garçom, evitando ouvidos superiores, sussurra ao dizer que "no banheiro dá para comprar [o estimulante]".
Pela lei, apenas farmácias podem vender remédios. Viagra, só com prescrição médica. O comprimido sai por R$ 14, em média.
Para os padrões da boate, R$ 50 nem é tanto dinheiro assim. A casa cobra R$ 150 de entrada, R$ 40 em uma dose de uísque 12 anos e R$ 20 em uma lata de refrigerante. Dá para comer lá também. Um sanduíche sai por R$ 55.
Mulheres esbeltas e de rostos perfeitos se exibem para os clientes. A maioria dos cabarés de luxo tem como regra que só os homens podem tomar a iniciativa de conversar.
Elas aceitam negociar preço, mas não topam fazer nada por menos de R$ 300. O que os clientes recebem em troca do dinheiro é geralmente desfrutado em motéis das redondezas.
Sempre para manter a discrição, esses cabarés de luxo substituem o nome popular do estabelecimento por outro que seja menos "suspeito" no comprovante do cartão.
Para Oscar Maroni, 61, dono do famoso clube Bahamas, fechado há cinco anos pela prefeitura, o mercado paulistano do sexo "classe A" é um dos mais turbinados do mundo, "no luxo e na beleza das mulheres", diz.
Para o autointitulado "rei da noite de São Paulo", a cidade só perde para Las Vegas, Paris e Berlim.
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