Testemunha volta atrás e afirma que mentiu ao acusar 4 PMs por morte em SP
Dois dias após dizer que quatro PMs arrastaram um jovem de 16 anos para um matagal na zona leste de São Paulo e o mataram a tiros, a principal testemunha do caso voltou atrás.
Em novo depoimento ao DHPP (departamento de homicídios), a testemunha, protegida, disse que fez a falsa denúncia porque foi xingada pelos PMs que mataram o jovem Wallace Victor Souza.
Ela afirmou que na madrugada do dia 13 ouviu tiros na rua Rock Estrela. Quando foi ver o que ocorria, os policiais disseram: "Entra agora em casa, sua filha da puta! Vai já pra dentro (sic)".
Ela negou que tenha sido coagida a mudar sua versão.
Na ocasião da morte, o sargento Carlos Ferreira e os soldados Alex Alves, Washington Custódio e Amauri Goulart perseguiam dois homens que tinham roubado a casa e o carro de um taxista.
Souza foi morto com dois tiros e, na versão inicial da testemunha, gritou por socorro antes de ser baleado. Três pessoas ligaram para a polícia, mas só uma delas registrou o depoimento no DHPP.
Segundo versão dos PMs, um dos suspeitos fugiu a pé. O outro, Souza, desceu do carro roubado e disparou contra eles, que revidaram.
Os quatro estão presos. A defesa solicitou a soltura deles, mas o pedido foi negado. A solicitação será refeita. A Promotoria diz que analisa o caso. (AFONSO BENITES)
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