São Paulo registra três latrocínios em menos de 13 horas
Os destinos de uma professora, um taxista e um perito policial, que não se conheciam, cruzaram-se tragicamente entre a noite de anteontem e a manhã de ontem.
Em um intervalo de 13 horas, os corpos deles foram parar em um necrotério após terem sido vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte) em três bairros de São Paulo.
A série de latrocínios em menos de 24 horas preocupa a polícia. Em 2012, foram registrados em média oito desses crimes por mês na capital.
A primeira vítima foi a professora de informática Renata Aparecida Fernandes Alves, 30, por volta das 21h45 de anteontem. Ela fumava narguilé e jogava baralho com duas amigas na frente da casa de uma delas no Jardim Robru, zona leste, quando foi abordada por três homens que anunciaram o roubo.
Quando Renata foi pegar a chave em uma mochila, acabou baleada na cabeça. Os ladrões fugiram com o carro dela, um Ford Fiesta, e dois celulares. A polícia apura se a professora reagiu.
Rivaldo Gomes/Folhapress | ||
Corpo de taxista que foi assassinado após reagir a assalto na zona oeste de São Paulo |
O segundo crime ocorreu por volta das 5h30 de ontem no bairro Alto de Pinheiros, na zona oeste. A vítima foi o taxista Robson Alves de Morais, 35. Ele costumava começar a trabalhar por volta das 7h, mas ontem, para tentar reverter o fraco movimento que teve no Carnaval, resolveu entrar mais cedo.
Morais foi atingido por um canivete duas vezes no pescoço e quatro vezes no peito por um homem que se passou por cliente. Um vigilante que testemunhou o assassinato afirmou que o criminoso fugiu a pé. Namorada do taxista, Maria Lima, 26, disse que ele, recém-divorciado, estava prestes a se casar com ela.
POLICIAL
O último latrocínio foi por volta das 10h30, no Rio Pequeno, zona oeste. A vítima foi o perito da polícia José de Alencar Lacerda Silva, 45.
Segundo os investigadores, ele tinha acabado de deixar os filhos na escola e a mulher no trabalho quando dois criminosos entraram em seu veí-culo, um Fiat Idea.
Quando um dos ladrões revirou a maleta de trabalho dele, encontrou a identidade funcional com a insígnia da Polícia Técnico-Científica.
Foi baleado na nuca e morreu. Nada foi levado, nem mesmo a pistola. Perito há 18 anos, Silva atuava no Núcleo de Perícia de Informática. Era responsável por investigar casos de fraude em bancos e crimes cometidos pela internet.
"Em princípio, foi latrocínio. Mas vamos apurar se teve alguma relação com a profissão dele também", afirmou o delegado Gilberto Ferreira.
Colaboraram RAFAEL ITALIANI e JOSMAR JOZINO, do "Agora"
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