Delegado diz que todas as provas apontam Gil Rugai como o assassino
O delegado Rodolfo Chiarelli, responsável em conduzir as investigações do caso Gil Rugai, disse que todas as provas comprovam que o ex-seminarista é o culpado pelas mortes do empresário Luis Carlos Rugai e da mulher dele, Alessandra Troitino.
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Chiarelli foi a segunda pessoa a ser ouvida hoje, no segundo dia de julgamento no Fórum da Barra Funda (zona oeste de SP). Ele é a última testemunha de acusação e, em seguida, devem começar o depoimento das testemunhas de defesa de Gil Rugai.
O delegado disse que em nenhum momento da investigação apareceram outros suspeitos ou outra linha a ser investigada. Ele citou as provas coletadas pela polícia, entre elas, sobre a arma do crime que foi encontrada em uma caixa coletora de águas pluviais em um condomínio onde Gil Rugai tinha um escritório. O local é de acesso restrito aos moradores do local.
A arma, conta o delegado, foi achada por um carroceiro quando ele fazia a limpeza do local. O espaço não recebia manutenção há ao menos um ano e meio, segundo depoimentos colhidos pelo delegado.
Outro ponto citado por Chiarelli é que dez balas de pistola encontradas na casa de Gil eram compatíveis com a arma encontrada no condomínio e com as cápsulas que estavam na cena do crime, que se comprovaram compatíveis com a pistola.
Um documento apreendido pela polícia, afirmou Chiarelli, mostra ainda que Gil comprou um coldre -suporte para guardar a arma na cintura-- para uma pistola semiautomática da marca Tauros, a mesma usada no crime.
De acordo com o delegado, Gil afirmou que comprou o objeto porque na época pensava em comprar uma arma. O delegado disse também que um documento apreendido comprova que o réu fez um curso de tiro para esse mesmo tipo de armamento.
Segundo Chiarelli, um amigo próximo de Gil e sócio da empresa dele, conhecido como Rudi, afirmou ter visto a arma antes do crime. O delegado afirmou que Rudi desconfiou do amigo quando recebeu a informação sobre o crime. Rudi teria dito que e foi procurar a arma na gaveta onde ele costumava guardar a pistola, mas não a encontrou.
O delegado achou estranho alguém comprar um coldre antes de adquirir a arma. Outro amigo de Gil disse ter visto uma "mala de fuga" de Gil, onde ele guardava uma pistola preta, dinheiro, veneno, roupas e outros objetos. Segundo essa pessoa, a arma não foi vista novamente.
Segundo Chiarelli, a mãe do réu apresentou armas de brinquedo ao ser questionada sobre as pistolas que Gil Rugai tinha. Nenhuma delas foi reconhecida pelos amigos de Gil como a arma vista antes do crime. O delegado disse que Rudi afirmou ter segurado a arma, que era pesada e de ferro, diferente das apresentadas.
Ao ser questionado pelo promotor Rogério Leão Zagallo se Gil Rugai era o responsável pelas mortes, o delegado afirmou: "Eu não tenho nenhuma dúvida."
Durante o plenário, o delegado também afirmou que além do vigia Domingos Ramos Oliveira de Andrade --que disse ter reconhecido Gil após o crime--, um segundo vigilante e uma mulher que teria conversado com Domingos e Rudi relataram ter sido ameaçados após ter prestar depoimento à polícia.
Rudi disse que recebeu uma mensagem na secretária eletrônica insinuando que ele estava falando demais sobre o caso.
Chiarelli também citou o suposto desvio de dinheiro feito pelo réu da empresa do pai dele para confirmar um dos motivos para a autoria do crime.
O delegado disse que, durante as investigações, foi ao local de onde o vigia disse ter reconhecido Gil Rugai após o crime e constatou que é possível ver com facilidade a movimentação de pessoas. Segundo o delegado, a testemunha que afirmou ter visto o réu não tem nenhum problema de visão, o que reforça, segundo ele, o depoimento.
Editoria de Arte/Folhapress |
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