Médica é presa sob suspeita de provocar mortes de pacientes no PR
A médica responsável pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba foi presa nesta terça-feira sob suspeita de ser responsável pela morte de pacientes internados no local.
Virgínia Helena Soares Souza é médica há 30 anos e intensivista no Evangélico, hospital filantrópico que é referência para o atendimento pelo SUS em Curitiba e região. Ela foi presa em caráter temporário pela manhã.
Em nota, o hospital afirmou que "desconhece qualquer ato técnico [da profissional] que tenha ferido a ética médica" e disse "reconhecer sua competência".
As investigações correm em segredo de Justiça, motivo pelo qual nem a polícia, o hospital ou o Ministério Público fornecem informações detalhadas sobre o caso.
Foram cumpridos nesta terça-feira mandados de busca e apreensão de prontuários médicos de pacientes já atendidos na UTI do hospital, composta por 18 leitos. A unidade serve de retaguarda para o pronto-socorro do hospital, que é o maior de Curitiba.
Como a instituição é referência no atendimento pelo SUS, as secretarias da Saúde do Paraná e de Curitiba instauraram uma sindicância para apurar os fatos.
A prefeitura também solicitou a substituição de toda a equipe da UTI até a conclusão das investigações e disse que vai nomear um médico-observador para acompanhar a unidade nesse período.
Henry Milleo/Gazeta do Povo/Folhapress | ||
A médica Virgínia Helena Soares de Souza, médica chefe da UTI do hospital Evangélico, foi presa pela Polícia Civil |
OUTRO LADO
O advogado da médica, Elias Mattar Assad, disse à Folha que a profissional "sempre agiu preservando vidas" e atribuiu as acusações a "interpretações errôneas da terminologia médica".
"Quando o médico diz 'precisamos reduzir os parâmetros do respirador', isso é comum, porque ele está acompanhando a dinâmica do paciente. Se uma pessoa comum estiver perto escutando, pode pensar que ele vai matar o paciente por falta de oxigênio", afirmou Assad.
Segundo o advogado, sua cliente atribuiu as acusações a "um equívoco de um enfermeiro ou de uma pessoa próxima". Assad ainda afirma que, durante o depoimento prestado por Souza na tarde de hoje, apenas um caso foi alvo dos questionamentos da polícia. (ESTELITA HASS CARAZZAI)
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