Ex-mulher de Bruno começa a ser ouvida; jogador é tirado de plenário
Dayanne Souza, ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes de Souza, começou a ser ouvida no início da noite desta terça-feira no julgamento sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. O atleta também é réu e deverá ser ouvido amanhã (6).
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Dayanne é acusada de participar de sequestro e do cárcere privado do filho de Eliza com o jogador, em junho de 2010. A expectativa do promotor Henry Vasconcelos é que o depoimento dela dure em torno de quatro horas.
Ao confirmar que ela seria a primeira a ser ouvida, a juíza Marixa Rodrigues também pediu que Bruno não estivesse presente durante o depoimento dela. Com isso, o jogador já foi levado de volta para a Penitenciária Nelson Hungria, onde está preso. Ele deverá voltar ao plenário apenas amanhã, quando será ouvido diante da juíza e dos jurados.
O promotor disse na tarde de hoje que espera que Dayanne seja utilizada como "bucha de canhão" pelos advogados do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza. "O interrogatório dela é a construção de defesa de Bruno", afirmou ele logo após o depoimento de Célia Aparecida Rosa Sales.
Segundo a defesa e a Promotoria, o primeiro depoimento deveria ser de Bruno, pela ordem da denúncia, mas houve um acordo para deixar depoimento do goleiro para quarta-feira, que deve ser o último dia de julgamento.
TESTEMUNHA
Na tarde de hoje, a babá Célia Aparecida Rosa Sales, prima do goleiro, foi sabatinada pela juíza, promotor e advogados de acusação e defesa. Sua fala foi marcada por dúvidas e contradições.
Célia disse no plenário que Macarrão cumpria ordens não só de Bruno, mas também de Dayanne. No entanto, em outro momento do seu depoimento, ela afirmou que Bruno não mandava em Macarrão, apesar de ele, na ocasião, ser o seu secretário. "Ele [Bruno] só pedia para fazer as coisas".
Outro ponto divergente ocorreu quando Célia disse que Dayanne não estava junto com Coxinha no momento em que o bebê de Eliza foi entregue a ele. Em outro momento, ela afirmou que a ex-mulher do jogador estava.
Questionada pelo promotor Henry Vasconcelos se ela não quis saber de Dayanne o porquê de aquele bebê estar sendo levado em uma rodovia, sem mala de roupas, ela disse que não lhe ocorreu perguntar.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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