Governo Dilma dará dinheiro a Haddad para reduzir filas na saúde
O Ministério da Saúde decidiu aumentar os repasses à Prefeitura de São Paulo para ajudar a diminuir a fila de espera de exames, consultas e procedimentos na cidade.
Dívida de São Paulo pode crescer o dobro do previsto
Com a medida, o governo Dilma Rousseff dá mais um sinal de que apoiara financeiramente à gestão de Fernando Haddad (PT) --antes, havia anunciado verbas para obras contra enchentes, sinalização turística e habitação.
O anúncio foi feito anteontem em São Paulo pelo ministro Alexandre Padilha, um dos pré-candidatos do PT para enfrentar Geraldo Alckmin (PSDB) na eleição para o governo do Estado em 2014.
Em 18 de janeiro, a Folha publicou que 661 mil pedidos aguardavam atendimento na rede municipal em outubro de 2012. Dados divulgados na semana passada, referentes a dezembro, mostram que a fila saltou para 800 mil.
O valor de R$ 120 milhões anuais anunciado pelo ministro representa um aumento de 8% no que o Ministério da Saúde repassa para o município por ano (R$ 1,5 bilhão). O orçamento previsto pela prefeitura para 2013 na área de saúde é de R$ 6,8 bilhão.
A verba será usada para os atendimentos de complexidades média (como exames e consultas com especialistas) e alta (cirurgias maiores).
Inicialmente, o dinheiro servirá para a implantação do mutirão de saúde da mulher, anunciado pela prefeitura e que custará R$ 2 milhões.
Em três meses, deverão ser feitos 90 mil exames, como ultrassonografias transvaginais, que têm uma demora estimada de 190 dias e 71.775 pessoas aguardando na fila.
Segundo o secretário da Saúde, José de Filippi Júnior, a cada 15 dias, será anunciado um novo mutirão.
HORA CERTA
O governo federal também ajudará a financiar, neste ano, uma das principais promessas de campanha de Haddad, a Rede Hora Certa.
Segundo o ministro, o governo deve repassar R$ 15 milhões para a reforma de cinco ambulatórios de especialidades neste semestre.
Esses ambulatórios serão transformados nas primeiras unidades da rede --dotadas de espaço para a realização de exames complementares e de pequenas cirurgias.
O custo das unidades, no entanto, ainda não foi totalmente definido.
O prefeito afirma que o Ministério da Saúde repassa para São Paulo, atualmente, um valor por habitante muito abaixo do que recebem outras capitais, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
"O objetivo é buscar a equiparação do valor repassado às outras cidades", afirmou Filippi Júnior.
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