Dilma diz que governo não pode permitir construções em áreas de risco
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, em Roma, que o governo não pode permitir a construção de casas em áreas de risco e voltou a dizer que a situação é "extremamente preocupante porque as pessoas não saem".
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"Eu fiquei muito preocupada. Tenho entrado em contato sistemático com o governador [Sérgio Cabral]. E com o pessoal nosso que cuida dessa área. Mandamos o pessoal da força nacional e é uma situação extremamente preocupante, porque as pessoas não saem", disse, ao chegar em seu hotel, após a missa inaugural do papa Francisco.
A presidente diz que que a medida mais drástica a ser tomada é "ter uma posição de não deixar construir". "Não pode deixar construir ou tem que ter certeza que, como fez o governo do Estado, que fez de forma correta, quando for uma questão de emergência, a pessoa tem de sair".
Para Dilma, o governo terá que "discutir quais são as zonas de risco". "As pessoas, morando na zona de risco, temos de oferecer condições para elas saírem", afirmou..
"Nós já fizemos isso em vários outros lugares, mas sempre há pessoas que resistem. Então há que ter essa atitude de conscientização. Vocês [imprensa] são muito importantes. Quando vocês fazem a cobertura, fica claro que correm risco de morte", finalizou.
CHUVAS DO RJ
Petrópolis (RJ) já registra 19 mortos devido às fortes chuvas que atingem o Estado. As mais recentes vítimas são dois meninos, encontrados no bairro Quitandinha. Eles estavam sem identificação e aparentavam ter até 12 anos.
Nessa região, de acordo com o secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, ainda há entre dez e 15 pessoas desaparecidas.
Os bairros do Quitandinha e Bingen são até o momento os mais atingidos. Quatro pessoas morreram em cada uma dessas localidades. A maioria das pessoas morreu soterrada devido a quedas de barreiras e deslizamento de encostas.
Em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, mais de 300 pessoas abandonaram as casas, alagadas após o transbordamento dos rios Capivari e Saracuruna. A cidade deve receber R$ 12 milhões do Ministério da Integração Nacional para a execução de obras de reconstrução e recuperação de danos causados pelas chuvas.
A Defesa Civil colocou Angra dos Reis em estado de alerta. A cidade também sofreu com deslizamentos, alagamentos, quedas de árvores, além de estragos em pontes. Ninguém ficou ferido e pelo menos 36 pessoas estão desalojadas, segundo a prefeitura.
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