Câmara aprova que semáforos fiquem no amarelo piscante na madrugada
A Câmara de São Paulo aprovou nesta quarta-feira mais um pacote de projetos polêmicos de autoria de vereadores. Um deles prevê que todos os semáforos da cidade fiquem no chamado amarelo piscante das 23h às 5h. Lei aprovada em 2002 --vigente hoje-- diz que apenas semáforos com alta incidência de assaltos ficam no amarelo piscante nesse horário.
Aprovado em primeira votação, o texto de vereador Coronel Telhada (PSDB) defende que motoristas ficam inseguros nos cruzamentos da cidade, com medo de assaltos. Com isso, passam o sinal vermelho e causam acidentes.
"A maioria dos assaltos ocorrem nos cruzamentos durante a madrugada, enquanto os veículos estão parados com o sinal vermelho. Tentando escapar desses assaltos, motoristas constantemente burlam o sinal vermelho, colocando em risco não só suas vidas, como também as de outros", diz Telhada, na justificativa do projeto.
Também na área de trânsito, outro projeto avançou no Legislativo. De autoria de Edemilson Chaves (PP), prevê que a CET crie parceria com empresas que fazem medição de tráfego por sistema GPS para divulgar boletins de trânsito com "a real situação dos congestionamentos".
Hoje a CET tem um sistema de medição própria --por meio de câmeras, marronzinhos e fiscais de trânsito que ficam nos topos de prédios no centro expandido.
Já Ricardo Nunes (PMDB) conseguiu aprovação do texto que implementa um sistema de transporte público hidroviário na cidade, a ser implementado em rios e represas da cidade.
Na semana retrasada, projeto de Mário Covas Neto (PSDB), também aprovado em primeira discussão, prevê o fim da multa por desrespeito ao rodízio.
PACOTÃO
Esses projetos fazem parte de um acordo com a presidência da Casa para que sejam aprovadas iniciativas de vereadores e não só os do prefeito Fernando Haddad (PT). Mesmo passando em segunda votação, podem ser vetados por Haddad.
No pacote de ontem, também foram aprovados o que cria "espaços adequados para a realização de atos fúnebres de religiões africanas", de Laercio Benko (PHS), e o que institui um programa de criador de idosos na rede municipal de Saúde, de Gilberto Natalini (PV) --ambos em primeira votação.
Já Souza Santos (PSD), conseguiu aprovação para sua iniciativa que prevê a construção de caixa eletrônicos com altura reduzida nos bancos. Para clientes com baixa estatura.
Em segunda votação, passou um da vereadora Noemi Nonato (PSB) que reserva de vagas em creches para filhos de mulheres que sofreram violência doméstica.
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