Inquérito policial vai apurar mortes ocorridas após plásticas em hospital de SP
Um novo inquérito policial será aberto no 14º DP (Pinheiros) nos próximos dias para investigar a morte de duas pacientes ocorridas após cirurgias plásticas no hospital Salt Lake, no Jardim Paulista, zona oeste da capital.
A polícia quer saber, por exemplo, se a equipe médica é a mesma que atuou nos dois casos. Em fevereiro, a diarista Maria Gilessi Pereira Silva, 41, sofreu uma parada cardiorrespiratória duas horas depois de implantar silicone nos seios.
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No último dia 30, a diretora de escola Janir Tuffani, 48, morreu após passar por seis intervenções de uma só vez: implantou 325 ml de silicone nos seios, retirou bolsas de pele das pálpebras e aspirou gordura da barriga, braços, pernas e costas.
"Vamos instaurar um novo inquérito para saber se eram os mesmos médicos e se houve negligência, como a perfuração de algum órgão", afirma o delegado do 14º DP, Gilmar Contrera.
O delegado diz que está em contato com os familiares da diretora para saber detalhes sobre o caso. Horas após a cirurgia, a equipe médica do hospital constatou uma hemorragia e decidiu deixar a diretora em coma induzido.
No dia seguinte, Janir foi transferida para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Luiz, no Jardim Anália Franco, na zona leste. Ela morreu na sexta-feira (3).
Já no caso da diarista, a polícia aguarda alguns documentos, entre eles, uma avaliação feita no hospital pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para então ouvir o depoimento do médico que fez a cirurgia. "Houve negligência. Agora vamos checar se foi do cirurgião, do corpo clínico ou do anestesita", diz o delegado assistente do 14º DP, Olívio Gomes Lira, que é quem cuida do caso da diarista.
OUTRO LADO
Procurado desde ontem à tarde pela Folha, o hospital ainda não se manifestou sobre o assunto. Os médicos responsáveis pelas cirurgias não tiveram os nomes divulgados.
Na época da morte da manicure, o hospital informou que a paciente teve uma parada cardiorrespiratória súbita quando conversava com o médico duas horas após o procedimento cirúrgico no setor de recuperação pós-anestésica.
Segundo o hospital, foram tomadas todas as medidas emergenciais, mas os médicos não conseguiram reverter o quadro da paciente. O hospital entregou todos os exames da diarista no 14º DP. À época, o hospital disse ainda que aguardava o laudo do IML (Instituto Médico Legal) para se pronunciar sobre o caso.
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