Promotoria pede arquivamento de inquérito de 2 indiciados por fogo na Kiss
O Ministério Público do Rio Grande Sul pediu o arquivamento do inquérito policial em relação a dois indiciados pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que ocorreu em 27 de janeiro e matou 241 pessoas.
Os promotores de Justiça Joel Dutra e Maurício Trevisan entenderam que não havia provas suficientes para denunciar o secretário de Mobilidade Urbana de Santa Maria, Miguel Caetano Passini, e o chefe da fiscalização da pasta, Beloyannes Orengo de Pietro Júnior. Os dois haviam sido indiciados sob suspeita de homicídio culposo --quando não há intenção de matar.
O parecer foi dado depois que a Justiça de Santa Maria aceitou as alegações preliminares das defesas dos réus. O documento foi entregue à 1ª Vara Criminal.
O Ministério Público pediu ao Judiciário que não aceite o pedido de revogação das prisões preventivas do produtor Luciano Augusto Bonilha Leão e do sócio da boate Mauro Londero Hoffman, indiciados sob suspeita de homicídio doloso qualificado --quando há intenção de matar.
Os promotores também requerem a rejeição das preliminares das defesas e o indeferimento dos pedidos de novas diligências por vários réus.
Ao todo, 16 pessoas foram indiciadas pelo incêndio na boate Kiss. Entre os responsabilizados, estão os quatro suspeitos presos, administradores da casa noturna, bombeiros, dois secretários municipais e funcionários da prefeitura.
A polícia, porém, concluiu que há a responsabilidade de 28 pessoas, incluindo o prefeito Cezar Schirmer (PMDB), que não foi indiciado devido ao foro privilegiado. O inquérito será remetido ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para que seja avaliado o envolvimento do prefeito.
INCÊNDIO
O incêndio ocorreu no dia 27 de janeiro e provocou 241 mortes. Centenas de sobreviventes ficaram feridos, incluindo cerca de 140 que precisaram ser hospitalizados.
O fogo começou por volta das 3h, quando um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show no local, acendeu um artefato pirotécnico. Faíscas atingiram uma espuma usada como revestimento acústico, que começou a queimar.
Uma espessa fumaça preta tomou conta de todo o ambiente da casa noturna em poucos minutos, intoxicando os frequentadores.
Desde o dia seguinte à tragédia, estão presos os sócios da boate Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr --por não terem adotado a espuma adequada para isolamento acústico-- o vocalista da banda Marcelo Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha Leão --ambos por serem responsáveis pelo uso do artefato.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Acompanhe toda a cobertura dos blocos, festas e desfiles do Carnaval 2018, desde os preparativos
Tire as dúvidas sobre formas de contaminação, principais sintomas e o processo de imunização
Folha usa ferramenta on-line para acompanhar 118 promessas feitas por Doria em campanha