Manifestação no Rio deixa 22 pessoas feridas
Ao menos 22 pessoas feridas foram encaminhadas ao hospital municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.
O carro de reportagem do SBT que foi incendiado estava próximo à praça 15, também no centro. A emissora informou que um jornalista da rede ficou ferido, mas declarou há pouco que a equipe passa bem.
Veja o mapa dos protestos que acontecem pelo país
De acordo com a secretaria, um jornalista da Globonews estaria ferido, mas ainda não se sabe a gravidade.
Vários jornalistas que tentavam filmar os vândalos foram agredidos. A repórter Mônica Puga, da TV Bandeirantes, afirmou no ar que teve ferimentos leves. Ela foi atingida com uma lixeira por um manifestante.
TENSÃO
O protesto no Rio de Janeiro ficou tenso no início da noite desta quinta-feira, após um início pacífico. O problema ocorreu com chegada dos manifestantes em frente à prefeitura, no centro da cidade, ponto final da passeata.
Por volta das 18h50, morteiros foram disparados pelos manifestantes. Em resposta, a polícia disparou bombas de efeito moral. Há feridos no local, mas ainda não se sabe a quantidade.
A cavalaria da PM avançou para dispersar pessoas que tentavam invadir a prefeitura. A luz no local acabou por volta das 19h.
Os policiais militares jogam bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha em grupos de manifestantes radicais que realizam a formação de três fogueiras com lixo na avenida Presidente Vargas, uma das principais do centro da cidade.
A região da prefeitura tem forte presença da polícia. Todas as ruas de acesso foram fechadas por policias da Tropa de Choque mais cedo.
Manifestantes arrancaram tapumes que protegiam prédios nos arredores da prefeitura e usam a madeira como escudo de proteção para se aproximarem.
Especialistas da Coppe (Coordenação de Programas de Pós Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro) estimam em 300 mil o número de manifestantes que se concentram em frente à prefeitura.
A informação foi divulgada no Twitter da Polícia Militar do Rio, que afirmou também ainda não ter concluído sua avaliação.
As empresas ao redor da Prefeitura do Rio, como Petrobras e Correios, liberaram os seus funcionários mais cedo. As agências de bancos da região (duas agências do Itaú, uma da Caixa, uma do BB e uma do Bradesco) estão fechadas para o público, protegidas também com tapumes.
O mesmo ocorre na estação de metrô Cidade Nova. O comércio no local também está fechado.
Uma grande parte dos manifestantes que seguia em direção à prefeitura desistiu depois de saber que o local tem forte tensão.
MARACANÃ
Por volta das 19h, manifestantes atravessaram o viaduto que liga a região da prefeitura à Praça da Bandeira, seguindo em direção ao estádio do Maracanã, mas estão sendo contidos por agentes da Força de Segurança Nacional, que participava do esquema de segurança do jogo entre Espanha e Taiti, pela Copa das Confederações.
A estação Cidade Nova permanece fechada. No entanto, os policiais pedem para que as pessoas se dirijam à estação do Estácio, localizada a cerca de 500 metros da prefeitura.
De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, um jovem identificado como Sérgio Henrique Azevedo, de 19 anos, foi atingido por uma paulada na cabeça.
Ainda de acordo com a assessoria, o jovem estaria identificado como integrante de um partido político.
Azevedo foi socorrido pelos bombeiros para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, e seu estado de saúde é estável.
Segundo a assessoria da Polícia Militar houve um desentendimento entre integrantes de partidos políticos opostos na altura da central do Brasil, mas não há informação se ele foi ferido nesse tumulto.
INÍCIO PACÍFICO
A passeata teve início de forma pacífica por volta das 16h na região da Candelária, também no centro da cidade e ocorria de forma tranquila até as 19h.
Os moradores do prédio São Vito, popularmente conhecido como Treme-Treme, acendiam e apagam as luzes no momento em que os manifestantes passavam pelo local.
No começa do ato, os manifestantes reunidos no centro do Rio gritavam frases como "Povo na rua, Dilma a culpa é sua" e "Brasil, vamos acordar. O professor vale mais do que o Neymar".
Também tinham bonecos nas ruas que simulavam policiais e bombeiros feridos. Alguns gritavam: "Bombeiro não. Bombeiro é amigo."
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