'Espero que na próxima manifestação a PM prenda mais', diz prefeito de BH
O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), pediu hoje uma ação mais efetiva da Polícia Militar na repressão a protestos violentos na capital mineira. Uma grande manifestação é esperada para a próxima quarta (26), quando o Brasil enfrentará o Uruguai, no estádio do Mineirão, pela semifinal da Copa das Confederações.
No último sábado, 66 mil pessoas participaram de manifestação, com forte reação da polícia e muito quebra-quebra. Dizendo que não está defendendo um aumento na reação policial, e que a Polícia Militar de Minas Gerais "é bastante pacífica", Lacerda disse esperar uma ação mais firme da polícia.
"A PM tem uma cultura mais de paz, de diálogo, não de enfrentamento. Evidentemente, isso tem limite. A força do Estado é para ser usada também dentro da democracia, sob controle da justiça, do Ministério Público, dos direitos humanos. Mas chega um ponto que eu não sei o que vai acontecer", afirmou, ao chegar para reunião com outros prefeitos, em Brasília.
"Eu espero que na próxima manifestação a Polícia Militar prenda mais. Prendeu muito pouca gente." Cerca de 30 manifestantes foram presos no sábado. Segundo ele, a estimativa da polícia é que existam 500 vândalos em ação nas manifestações na cidade.
Márcio Lacerda relativizou ainda a atuação da polícia no confronto de sábado, em Belo Horizonte. Segundo o prefeito, "a PM não está usando toda a forma que tem". "Inclusive não está usando cassetete", disse, para depois admitir o uso de balsas de borracha. "É preciso que a sociedade se defenda do vandalismo. E o vandalismo foi de fato muito grande."
REUNIÃO
Na busca de atender a "voz das ruas" e reduzir o desgaste provocado pelas manifestações na imagem do governo e do país, a presidente Dilma reúne hoje governadores e prefeitos de capitais para tentar fechar um pacote de medidas nas áreas da saúde, educação, mobilidade urbana e transparência pública.
Além das medidas, o governo também passou a avaliar a possibilidade de fazer uma reforma ministerial durante o recesso do Congresso, no mês de julho.
Segundo a Folha apurou, a ordem da presidente à sua equipe é fechar medidas concretas já na reunião de hoje e nos próximos dias. A avaliação do Planalto é que, se os agentes públicos ficarem só no discurso, as manifestações vão continuar país afora.
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