Professores e estudantes repelem Exército na UFMG durante ato
Estudantes e professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) repeliram a presença de mil homens do Exército dentro do campus da instituição no último sábado (22), dia de manifestação no Mineirão. O estádio e a universidade são vizinhos em Belo Horizonte.
Por causa desse rechaço, o reitor Clélio Campolina busca agora alternativa para a segurança do patrimônio federal, de forma que forças policiais ou militares protejam o campus sem se postar dentro dele ou até mesmo na frente da universidade.
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Na quarta-feira (26), jogarão pela semifinal da Copa das Confederações as seleções do Brasil e do Uruguai. Manifestações estão programadas para esse dia, podendo sair uma marcha até o Mineirão. A Polícia Militar trata o confronto como iminente, tal como ocorreu no sábado.
Após os confrontos no sábado, parte da cerca de proteção da UFMG foi derrubada pela segunda vez em seis dias. Os homens do Exército, então, se postaram ao longo do trecho destruído. A presença do Exército foi definida entre a UFMG, o Ministério da Educação e o governo de Minas Gerais.
Os estudantes e professores, porém, contestaram a medida, o que fez o reitor reunir o Conselho Universitário para discutir a questão.
Clélio Campolina se reuniu com o general Vicente Gonçalves de Magalhães, comandante da 4ª Região Militar, para tratar de alternativas, mas vai aguardar a volta do governador de Minas, Antonio Anastasia, para também conversar sobre as possibilidades.
Uma possibilidade citada por ele é haver um bloqueio policial na avenida Antônio Carlos antes da chegada à UFMG. A Folha questionou o reitor se essa proposta não impediria o direito à livre manifestação, tal como apregoa o governo de Minas e a PM. Campolina disse então que nada está decidido e que quer ouvir as autoridades sobre as alternativas.
O reitor disse que nem mesmo foi descartada a presença de Exército dentro da universidade na próxima quarta. "Está em discussão, não tem nada decidido", afirmou.
A informação sobre o contingente do Exército dentro da UFMG no último sábado é do comandante geral da PM de Minas, coronel Márcio Sant' Ana. A manifestação reuniu cerca de 60 mil pessoas. Após os confrontos, 37 pessoas ficaram feridas, sendo dez policiais. Foram presas 32 pessoas.
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