Dois manifestantes são presos em ato próximo ao Maracanã
A Polícia Militar prendeu dois manifestantes que participam do protesto no entorno do estádio do Maracanã, na zona norte do Rio.
O ato começou pacífico, mas vinte minutos antes do início do jogo entre Brasil e Espanha manifestantes e a Polícia Militar entraram em confronto a cerca de 500 metros do Maracanã. Com o início da partida, a situação se acalmou.
O grupo que se concentrava na esquina das avenidas Maracanã e São Francisco Xavier recuou em direção à praça Varnhagem, região do bairro onde se concentram vários bares e restaurantes.
O barulho das bombas de gás lacrimogêneo e dos tiros de bala de borracha assustaram os torcedores que, nos bares, acompanhavam a final da Copa das Confederações. Houve correria, mas não há registro de feridos.
Ricardo Moraes/Reuters | ||
Policiais e manifestantes entram em confronto no entorno do Maracanã momentos antes do jogo entre Brasil e Espanha |
Dentro do estádio, torcedores que estavam nas arquibancadas do setor amarelo chegaram a sentir o cheiro do gás e ouvir o barulho das bombas.
O comércio fechou as portas. Um morador foi vaiado e xingado quando, de sua janela, comemorou o primeiro gol do Brasil na partida.
Os manifestantes foram "empurrados" pela polícia de volta à praça Saens Peña, a cerca de 1,5 km do Maracanã, onde a passeata tinha começado, sem incidentes, por volta das 16h.
Pouco depois das 18h, o grupo, estimado pela PM em 1.200 pessoas chegou a 500 metros do estádio. Houve um início de tumulto. Um manifestante atirou uma bomba caseira em direção aos policiais, que revidaram com gás e balas de borracha.
A rua Conde do Bomfim foi interditada nos dois sentidos durante cerca de 40 minutos na altura da praça Saens Peña por causa da manifestação, de acordo com o Centro de Operações do Rio. A via foi liberada por volta das 19h45, mas a PM ainda atua na região.
Um policial foi atingido por um coquetel molotov e a calça dele pegou fogo. Outros policiais apagaram o fogo.
Os manifestantes gritam palavras de ordem como "não vai ter Copa" e atiravam pedras contra os policiais.
Nas proximidades do local há dois postos de gasolina. Quando os policiais se aproximavam do grupo, os manifestantes se refugiavam neles para tentar evitar que mais bombas fossem arremessadas contra eles.
Pela manhã, outro grupo já havia tentado fazer o mesmo percurso, mas parou e se dispersou, sem que houvesse atos de violência, ao encontrar bloqueios policiais.
Nesse horário, o forte esquema de segurança montado ao redor do Maracanã --cerca de 10 mil homens foram escalados para o trabalho-- tinha se transformado em uma espécie de atração para turistas e cariocas que circulam na região.
Pessoas paravam para serem fotografadas à frente de um caveirão, o veículo blindado da Polícia Militar do Rio, estacionado em uma das esquinas da avenida Maracanã. Outros fotografam os policiais militares equipados com escudos e capacetes.
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