Cinco são presos sob suspeita de tráfico de mulheres na Espanha
Cinco pessoas, entre elas uma brasileira, foram presas na Espanha sob suspeita de pertencerem a uma organização criminosa especializada em tráfico de mulheres. Quinze mulheres, cinco delas do Brasil, foram resgatadas nas duas boates onde as prisões ocorreram.
As detenções e o resgate são resultados da Operação Ninfa, deflagrada na terça-feira (9) pela Polícia Federal em conjunto com a polícia espanhola. A ação policial foi simultaneamente desencadeada na Espanha, nas províncias de Ourense e Pontevedra, e no Brasil, no Estado de Goiás e no Distrito Federal.
Ao todo, nove mandados de prisão foram expedidos, todos na Espanha. Dos cinco presos, três são espanhóis, um é alemão e a outra é uma brasileira de Goiás.
A mulher, segundo a PF, foi recrutada para o trabalho na Espanha num primeiro momento. Depois, acabou se casando com um dos donos das boates e passou a atuar na quadrilha.
Segundo as investigações, ela recorria a redes sociais para identificar pessoas suscetíveis de serem aliciadas com uma falsa promessa de trabalho de doméstica. Ao chegar à Espanha, segundo a investigação, as vítimas eram obrigadas a se prostituírem como forma de pagar a dívida contraída para realizar a viagem.
Os nomes dos suspeitos e das vítimas não foram divulgados pela Polícia Federal. Também não foi divulgada a idade das mulheres resgatadas --foi informado que são maiores de idade e tem menos de 30 anos. Quatro pessoas ainda estão foragidas.
Entre as brasileiras resgatadas, três são de Goiás, uma do Rio de Janeiro e outra do Paraná. Foi oferecida a elas assistência consular para que retornem ao Brasil. Caso não aceitem, poderão ser deportadas por estarem na Espanha com o visto de permanência vencido.
BRASIL
No Brasil foram cumpridos, até a manhã desta quarta-feira (10), cinco mandados de busca e apreensão e três dos quatro mandados de conduções coercitivas, nas cidades de Goiânia e Anápolis, em Goiás e no Distrito Federal.
O nome da operação, segundo o delegado, é o mesmo de uma das duas boates alvos da ação policial.
Segundo o delegado, os suspeitos podem ser indiciados sob suspeita de tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual e formação de quadrilha.
O delegado informa que a organização atua desde 2007. O espanhol apontado como líder do grupo chegou a ser preso no Brasil e é considerado foragido. Ele pode ser extraditado para cumprir pena também no país.
Até o momento, a PF não informou o que os suspeitos alegaram ao serem ouvidos.
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