Dois suspeitos de tráfico na Rocinha se apresentam à polícia
Dois suspeitos por associação ao tráfico na Rocinha, zona sul do Rio, se apresentaram na madrugada deste domingo (14) à polícia. Com as detenções subiu para 30 o número total de presos.
No total, 30 pessoas foram presas, sendo 22 com cumprimento de mandado de prisão --um deles com dois mandados-- e oito em flagrante. Três menores foram apreendidos.
As polícias Civil e Militar deflagraram ontem operação para cumprir 58 mandados de prisão na favela. Segundo as investigações da polícia, a quadrilha tem cerca de 90 integrantes atuando em cem bocas de fumo na favela.
Segundo a polícia, os alvos são traficantes que teriam permanecido na Rocinha mesmo após a pacificação da comunidade, iniciada em novembro de 2011.
As investigações apontam que mesmo cumprindo pena num presídio federal de segurança máxima, o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, segue no comando do tráfico de drogas na Rocinha.
Nem, preso em novembro de 2011, cumpre pena no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A conclusão de que o traficante segue atuando partiu de escutas telefônicas e monitoramento de mensagens nas redes sociais.
MONITORAÇÃO
Durante as investigações, que duraram três meses, policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local evitaram realizar prisões em flagrante por tráfico a fim de monitorar a atuação da quadrilha.
De acordo com a Polícia Civil, durante a ação, dois supostos integrantes da quadrilha que invadiu o Hotel Intercontinental, em São Conrado, em agosto de 2010, foram detidos.
No fim de abril, a Justiça deu habeas corpus para nove invasores do hotel, supostamente integrantes da quadrilha do traficante o Nem.
Em janeiro, 84 câmeras foram instaladas em diferentes pontos da Rocinha com intenção de monitorar toda a favela e assim inibir a ação de criminosos. Em junho, o turista alemão Daniel Benjamin Frank, 25, foi baleado durante uma visita à favela. Ele recebeu alta depois de internado durante 11 dias.
A ação ocorreu dez dias antes da visita do papa Francisco ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude. A polícia porém, nega relação entre os fatos. Diz que a ação foi deflagrada porque recebeu a informação de que haveria um confronto neste fim de semana entre traficantes em disputa por pontos de vendas de drogas.
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