Corregedoria divulga fotos de policiais suspeitos de envolvimento com tráfico
A Corregedoria da Polícia Civil divulgou nesta terça-feira fotos e a identidade dos seis policiais investigados em operação com o Ministério Público que ainda estão foragidos. Eles são procurados sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Alguns passavam informações privilegiadas, como locais onde ocorreriam operações ou recebiam uma espécie de "mesada" para passar informações sigilosas a traficantes.
A operação ocorreu ontem e prendeu sete policiais que estariam envolvidos com o tráfico de drogas e recebiam entre R$ 200 mil a R$ 300 mil anualmente para passar informações para as quadrilhas dos traficantes.
Policiais de SP recebiam até R$ 300 mil do tráfico, diz investigação
A Corregedoria da Polícia Civil disse ter adotado todas as providências necessária para apurar a conduta de cada policial envolvido na investigação. A polícia orienta para que as pessoas que tiverem informações sobre os suspeitos foragidos liguem para o telefone 181 para denunciá-los. Não é preciso se identificar para fazer a denúncia.
Segundo as investigações, o grupo ainda recebia uma quantia mensal que está sendo investigada. Entre os presos, estão dois delegados, além do chefe do setor de inteligência do Denarc (departamento de narcóticos), Clemente Castilhone Junior.
O advogado dele, João Batista Augusto Júnior, afirmou que seu cliente não tem envolvimento com os crimes que estão sendo investigados. No entanto, não teve acesso ao processo e não quis dar mais informações sobre o caso.
A operação é resultado de uma investigação iniciada em outubro do ano passado, contra o Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho, preso desde 2002. Ele está atualmente na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, mas, segundo as investigações, ainda comanda o tráfico na região de Campinas (a 93 km de São Paulo).
Escutas telefônicas usadas durante as investigações, levaram à identificação dos policiais envolvidos. Eles são investigados por formação de quadrilha armada, extorsão, extorsão mediante sequestro e corrupção. Parte dos policiais detidos durante a operação de hoje, no entanto, não pertenceria à quadrilha, mas vazou informação da ação desencadeada para a prisão dos suspeitos.
A reportagem da Folha não conseguiu entrar em contato com os advogados dos suspeitos foragidos.
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