Justiça liberta 34 pessoas detidas durante protesto no Espírito Santo
Foram soltas na noite deste sábado (20), por determinação da Justiça, 34 pessoas detidas durante os protestos de sexta-feira (19) em Vitória. Durante a manifestação, que pediu o fim do pedágio em uma ponte que liga a capital a Vila Velha, a sede do governo do Estado foi depredada.
O TJ-ES (Tribunal de Justiça do Espírito Santo) manteve a prisão de outras dez pessoas por entender que apenas nestes casos havia "algo próximo da descrição individualizada das condutas".
Segundo o órgão, foram presos e encaminhados para unidades prisionais e de internação na sexta-feira 33 adultos e 11 adolescentes. A Polícia Civil tem números diferentes: afirma que foram 35 adultos e 13 adolescentes e que só os adultos permanecem presos.
De acordo com a Polícia Civil, eles haviam sido encaminhados a presídios porque a soma das penas dos crimes pelos quais eram investigados ultrapassava 12 anos, o que excluía a possibilidade de pagarem fiança.
Yuri Barichivich-19.jul.13/Folhapress | ||
Manifestantes depredaram a sede do governo capixaba na última sexta-feira (19) |
Mesmo após terem sido liberados, os suspeitos continuarão sendo investigados pela Polícia Civil e podem responder à Justiça.
Os detidos na sexta-feira são suspeitos de terem cometido os crimes de dano ao patrimônio público, dano ao patrimônio histórico e cultural, arremesso de projétil e formação de bando ou quadrilha.
Segundo a polícia, forma detidas, no total, 71 pessoas. Parte delas foi liberada no dia da prisão e não chegou a ser levada para unidades prisionais.
PROTESTO
O Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo, foi apedrejado e teve as vidraças destruídas o protesto de sexta-feira.
A manifestação, que reuniu cerca de 400 pessoas, começou às 6h e só terminou por volta das 14h.
Contrariados com a rejeição na Assembleia Legislativa de proposta que acabaria com o pedágio na ponte que liga Vitória a Vila Velha, na segunda-feira (15), os manifestantes interditaram importantes vias do centro.
Alguns deles subiram nas janelas da sede do governo, arrancaram cortinas e chutaram os vidros, que se quebraram. Pedras foram jogadas.
Também foram depredadas as sedes da vice-governadoria e da Secretaria da Fazenda, além de lojas e agências bancárias.
Manifestantes reclamaram de truculência da PM e disseram que as pessoas responsáveis pelo vandalismo não eram ligadas ao grupo.
Um advogado foi atingido por spray de pimenta após apresentar identificação, segundo a OAB-ES.
O governo afirmou que a ação da polícia foi "equilibrada".
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