Vídeo mostra depredação de banco na avenida Paulista; assista
Manifestantes que participaram de um protesto na avenida Paulista na noite desta sexta-feira destruíram ao menos 13 agências bancárias da via.
A depredação dos bancos começou logo nos primeiros passos da passeata. Os manifestantes atiraram pedras contra as fachadas dos bancos, quebraram as entradas e quebraram corrimões --cujos pedaços viraram armas posteriormente.
Manifestantes dispersam e av. Paulista é liberada após ato em SP
Manifestantes depredam concessionária em SP; PM usa bombas
Manifestantes depredam e picham agências bancárias da av. Paulista
Manifestantes usam ônibus para fechar pista da av. 23 de Maio
Uma das agências bancárias também teve computadores, cadeiras e mesas quebrados. Estações de metrô, semáforos e carros que passavam também foram alvos dos manifestantes. Poucos policiais passavam pelo local e evitavam reprimir os atos de vandalismo.
Assista ao vídeo em tablets e celulares
Eles também depredaram uma concessionária da Chevrolet durante a manifestação, que tinha como alvos o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e a repressão policial ocorrida durante a visita do papa Francisco.
O grupo usou pedras e pedaços de um corrimão de uma agência bancária do Itaú para quebrar os vidros e entrar na concessionária, quando começaram a depredar inclusive os carros da loja. Carros da Polícia Militar então se aproximaram do local e usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Ainda não há informações de feridos.
Mais cedo, o grupo usou um ônibus de transporte público para fechar uma das pistas da avenida 23 de Maio. O bloqueio durou apenas alguns minutos, até que o motorista do coletivo conseguisse sair com o veículo do local.
O ato começou de forma pacífica no início da noite, no vão livre do Masp. Os manifestantes também pedem explicações para o sumiço do pedreiro Amarildo Dias da Silva, 42, que desapareceu após uma ação policial na favela da Rocinha. Ele desapareceu após ser levado por policiais militares de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Organizadores do ato disseram que os black blocks (grupo de anarquistas que prega a depredação do patrimônio publico e privado nos protestos) se infiltraram no ato organizado por eles, que era pacifico.
"Nosso ato era somente para protestar contra a violência policial no Rio de Janeiro e o sumiço do Amarildo. Não pregamos a violência, mas a partir de um momento, os balck blocks começaram a entrar no ato e quebrar tudo", disse um manifestante que não quis se identificar, mas disse ser um dos organizadores.
Convocada pelo Facebook, a manifestação tem punks e integrantes dos black blocs. O protesto nomeado "apoio aos irmãos e irmãs Cariocas" foi anunciado também nas redes sociais em outras capitais, como Belo Horizonte, Florianópolis e Salvador.
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