Recebidos com confete, médicos cubanos dizem que 'salário fica em segundo lugar'
Recebidos com aplausos, gritos de "cubano amigo, o Brasil está contigo" e até confete, 176 médicos de Cuba desembarcaram em Brasília neste sábado para iniciarem um programa de estudos antes de irem para municípios sem médicos.
Os médicos vieram de jalecos, com bandeirinhas de Brasil e Cuba, e abraçavam os cerca de 40 apoiadores, ligados a movimentos sociais e o PT, que os aguardavam. Outros tantos curiosos acompanhavam a chegada.
Alan Marques/Folhapress | ||
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Momento da chegada dos médicos cubanos no aeroporto internacional de Brasília |
O grupo irá integrar os médicos estrangeiros que vão exercer a medicina dentro do programa do governo chamado Mais Médicos, iniciativa do governo Dilma para atender às manifestações das ruas.
Os médicos falaram em "solidariedade e irmandade entre Cuba e Brasil", minimizaram críticas e disseram não se preocupar com salário. Questionados, eles não disseram quanto receberão para trabalhar no Brasil e quanto ficará com o governo de Cuba.
Especialista em atendimento à família, Oscar Martinez minimizou críticas. "É solidariedade do povo de Cuba com o povo brasileiro. Somos irmãos. Todas as coisas novas estão sujeitas a críticas.", disse.
O médico Rudolfo Garcia é graduado há 26 anos e disse que já conhece a região norte do Brasil. "Nossa vinda é para atender a carência de regiões sem médicos. Dinheiro fica em segundo lugar", afirmou.
Para Angel Domingues, o salário não é uma preocupação no tempo que trabalhará no Brasil. O salário é garantido por nossa pátria, não é uma preocupação. Aqui teremos dinheiro para as necessidades e nosso salário ficará lá".
A expectativa do governo é que, até o final do ano, mais 3.600 médicos cubanos desembarquem no Brasil.
Além dos cubanos, vão desembarcar até amanhã outros 244 médicos estrangeiros e brasileiros com registro profissional no exterior que se inscreveram na primeira
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