Protestos reúnem 1.500 pessoas e fecham vias do centro de SP
Duas manifestações reuniram em torno de 1.500 pessoas, segundo estimativa da PM, e fecharam vias da região da avenida Paulista, no centro de São Paulo, no final da tarde desta sexta-feira. O ato foi pacífico e terminou por volta das 18h.
Um dos protestos reuniu professores estaduais na praça da República no início da tarde. O grupo seguiu em passeata pelas ruas da Consolação e Fernando de Albuquerque até chegar na avenida Paulista, onde se reuniram com uma outra manifestação, de centrais sindicais.
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Promovido pela Apeoesp (Sindicato dos Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o ato visava, entre outros, pressionar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a implementar a jornada do piso, que regula o tempo que professores ficam em sala de aula.
"A jornada do piso é regulamentada por lei mas ainda não foi implementada em São Paulo, diferentemente do que diz o secretário de educação", afirma Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeosp. "Queremos a implementação, mesmo que de forma paulatina".
A Secretaria de Educação afirma que, "diferente do afirmado pelo sindicado, o Estado cumpre sim a lei da jornada dos professores".
O sindicato e o Estado fazem uma briga judicial sobre o assunto desde 2011. Em maio deste ano, como a Folha mostrou, o governo de SP conseguiu derrubar decisão liminar que mudava o cálculo da jornada extraclasse dos professores do Estado. O sindicato, porém, disse na ocasião que vai recorrer.
Já as centrais sindicais, que se reuniam no Masp, protestaram contra projeto de Lei nº 4330/04, que trata da terceirização; pelo fim do fator previdenciário; 40 horas semanais sem redução de salário, 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; entre outros.
"Se não fizermos atos para cobrar, não vamos ver as exigências cumpridas", diz o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre. O ato previa uma passeata após o encontro do grupo com os professores, mas essa segunda categoria acabou atrasando, o que fez os organizadores optarem por manter o ato na Paulista.
Um pouco antes de concluir o protesto, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse "vamos deixar a Paulista limpa. De lixo, já chega o Alckmin". Mesmo assim, o local precisou passar por limpeza após o término do ato. Uma das garis que fazia a limpeza no local, e pediu para não ser identificada, disse que "falam tanto de educação, mas fazem isso [sujeira]".
OUTROS
No início da manhã, funcionários e estudantes da USP (Universidade de São Paulo) fecharam o portão principal da Cidade Universitária em outro protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O portão fica no cruzamento da avenida Afrânio Peixoto com rua Alvarenga, no Butantã, zona oeste da capital paulista.
Comandado pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo), o ato também fazia parte do dia nacional de mobilização e paralisação por centrais sindicais. O ato deixou o trânsito na zona oeste complicado.
Já na cidade de Santos (no litoral de SP) ocorreram protestos em diferentes pontos, provocando bloqueios nos principais acessos à cidade ainda na madrugada. Durante a manhã, as interdições continuaram e vários estabelecimentos comerciais também fecharam.
O bloqueio da rodovia Anchieta também prejudicou os acessos às cidades de São Vicente e Guarujá. Houve bloqueios ainda na Imigrantes e na Bandeirantes por conta de protestos.
No interior de SP, houve protestos em Campinas (a 93 km de São Paulo) pela manhã e na tarde desta sexta-feira. O ato da manhã ocorreu no aeroporto internacional de Viracopos, e causou lentidão na região. Já à tarde, houve outro protesto no largo do Rosário, no centro da cidade.
Os protestos de centrais sindicais acontecem também em outras cidade do país, como Fortaleza, Vitória, Belo Horizonte, Curitiba, Londrina e Belém.
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