Análise: Ocupações por necessidade ou negócio precisam ser diferenciadas
A ocupação de áreas de preservação ambiental é uma forma extrema que assume a falta de alternativas para a população de baixa renda.
É necessário atuar em várias frentes. A primeira é a regulação do mercado imobiliário, para que ele possa produzir mais unidades para essas pessoas (pequenas, sem garagem, em locais centrais e providos de infraestrutura).
Cidade tem onda de invasões de sem-teto na gestão Haddad
Sem-teto afeta rotina de creche, diz instituto
A segunda é uma estratégia de reserva de terras para a moradia social, para a construção de unidades subsidiadas, a partir de recursos a fundo perdido como os do Minha Casa Minha Vida.
A terceira é uma intervenção nas moradias e assentamentos que já existem, dando condições mínimas de habitabilidade às milhões de casas construídas em favelas, loteamentos clandestinos e periferias precárias.
Com tudo isso, será sempre necessário fiscalizar. É uma utopia achar que em uma cidade enorme e complexa como São Paulo ela será dispensável algum dia.
E é importante diferenciar os ocupantes. Alguns ocupam as áreas por necessidade (e devem ser atendidos pela política habitacional), mas outros ocupam como negócio, para vender (e devem ser punidos exemplarmente).
RENATO CYMBALISTA é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Acompanhe toda a cobertura dos blocos, festas e desfiles do Carnaval 2018, desde os preparativos
Tire as dúvidas sobre formas de contaminação, principais sintomas e o processo de imunização
Folha usa ferramenta on-line para acompanhar 118 promessas feitas por Doria em campanha