Irmão deve apontar Giselma como sendo assassina de executivo da Friboi, diz defesa
O advogado de defesa de Giselma Carmem Campos, acusada de mandar matar o marido e ex-diretor executivo do frigorífico Friboi Humerto de Campos, afirmou nesta quinta-feira (26)que o irmão dela, Kairon Vaufer, deve apontá-la como mandante do assassinato. Os dois estão sendo julgados desde terça-feira (24) no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Até hoje, em juízo, Kairon, que é irmão por parte de mãe de Giselma, afirmava que apenas ele tinha participação no crime, que ocorreu em 2008.
"Fomos surpreendidos [sobre a confissão de Kairon]. Por isso, a defesa de Giselma fica realmente de mãos atadas. Até agora, segundo Giselma, ela não tinha participação como mandante do crime ", disse o advogado Ademar Gomes.
Giselma deve ser ouvida ainda nesta tarde.
CRIME
Humberto de Campos foi morto na noite de 4 de dezembro de 2008, quando saiu com seu carro Mercedes-Benz para ir até a rua Alfenas, perto de sua casa. Um morador do local, um homem de 50 anos, revelou à polícia que o executivo tocou a campainha na casa dele várias vezes.
O homem atendeu, então, Campos, que lhe disse que havia recebido uma ligação dizendo que havia uma criança chorando naquela casa. A polícia acredita que esse seria uma "senha", combinada previamente com os assassinos, para indicar que aquele era o homem que deveria ser morto e que ele não estava sendo seguido pela polícia.
O morador, que nada tinha a ver com o crime, segundo a Justiça, disse ao executivo que não havia nenhuma criança chorando no local. Depois, ele observou o executivo caminhar até o carro, onde um motoqueiro o esperava.
Vítima e motoqueiro tiveram uma breve conversa, o motoqueiro atirou e fugiu. Na época, a polícia disse que a "senha" poderia ter sido uma armadilha dos bandidos para checar se a vítima estava com proteção policial.
Giselma Carmem Campos, ex-mulher de Humberto de Campos, é apontado pela promotoria como sendo a mandante do crime. Ela espera pelo julgamento em liberdade por decisão do STF (Superior Tribunal Federal), que lhe concedeu um habeas corpus.
Paulo dos Santos e Osmar Gonzaga Lima, acusados de terem assassinado o executivo, foram condenados pelo 5º Tribunal do Júri da Capital, em 2011, a 20 anos de prisão em regime fechado.
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