Unicamp propõe entrada da PM no campus após morte de estudante
Após a morte do estudante Denis Papa Casagrande, 21, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiu autorizar a entrada da Polícia Militar em seus quatro campi: Campinas, Limeira, Piracicaba e Paulínia.
Atualmente, a segurança é feita por uma empresa terceirizada, e cerca de 260 vigilantes fazem a proteção apenas no campus principal, em Campinas (a 93 km de SP).
A entidade informou que vai traçar um planejamento estratégico com a PM e com a Secretaria de Segurança Pública do Estado para definir como será feito o policiamento.
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Na quarta (25), ao comentar a morte do estudante de engenharia de controle e automação da universidade, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ofereceu o policiamento da PM à reitoria.
A medida gera polêmica e não é a primeira vez que é proposta. O DCE (Diretório Central dos Estudantes) e outros movimentos estudantis são contra a presença de policiais no ambiente universitário.
A Unicamp convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (27) para falar sobre o assunto.
"A reitoria da Unicamp aceitou ontem, prontamente, a oferta do governador para que a polícia pudesse entrar e circular no campus", disse a pró-reitora de desenvolvimento universitário, Teresa Atvars, que concedeu a entrevista.
O CRIME
"Essa atitude era desnecessária porque a polícia sempre teve competência constitucional para fazê-la", afirmou. "A polícia já está no campus. A PM tem delegação constitucional para entrar em qualquer lugar do país, sempre que julgar necessário".
Estudante de engenharia de controle e automação da Unicamp, Denis foi esfaqueado na madrugada de sábado (21) durante uma festa no teatro de arena, dentro do campus da universidade em Campinas. Ele chegou a ser socorrido e hospitalizado, mas não resistiu ao ferimento.
Segundo a instituição, a não havia autorização para a realização da festa, que tinha cerca de 3.000 pessoas.
Um amigo que morava com Denis e pediu para não ser identificado afirmou que um grupo de jovens o atacou. "Bateram até com um skate."
Maria Teresa Alexandrino Pelegrino, 20, confessou ter cometido o crime, segundo a Polícia Civil. Ela alega legítima defesa, mas o seu pedido de prisão não foi feito. pois o delegado responsável pelo caso, Rui Pegolo, afirmou que a veracidade da versão está sendo investigada.
"Foi legítima defesa. O cara tentou agarrar ela à força e bateu nela", afirmou o namorado da suspeita, o atendente Anderson Marcelino Ferreira Mamede, 20. "Infelizmente ele [Casagrande] morreu e não está aqui para poder comprovar nada."
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Mamede e de Pelegrino.
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