Jovens atropelados durante racha são enterrados em SP
Os seis jovens que morreram atropelados após um racha na madrugada de sábado (28) foram velados e enterrados neste domingo em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
Durante a madrugada, os familiares fizeram um velório comunitário na igreja São Judas Tadeu, no bairro Jardim Santo Ângelo.
No fim do dia, cinco vítimas --Jeferson Andrade Nunes, 17, Lucas Baptista Lopes, 13, Herick Henrique Pereira, 17, Rebert Nascimento Silvério, 19 e André Francisco Duarte, 22-- foram enterradas no Cemitério Municipal da Saudade, em Mogi das Cruzes.
O sepultamento da sexta vítima, Patrícia Fontana Rieper, 19, ocorreu no cemitério Parque das Oliveiras, na região da Vila Oliveira, também em Mogi das Cruzes.
Tercio Teixeira/Folhapress | ||
Geraldino Ferreira Nunes lamenta morte do filho Jerferson Andrade Nunes, 17, em igreja na Grande São Paulo |
RACHA
"Ele me provocou e eu fui atrás", disse o pedreiro Reginaldo Ferreira da Silva, 40, motorista que participava do racha em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde os seis jovens morreram atropelados. Ele não tinha habilitação e foi preso em flagrante.
De acordo com a Polícia Civil, o homem dirigia um carro Monza, com quatro passageiros, que disseram à polícia que saíam de uma festa quando o pedreiro foi provocado por outro motorista, de um Fiat Palio, e deu início ao racha. O segundo motorista conseguiu fugir.
Um grupo de oito pessoas estava conversando na Estrada do Rio Grande, no bairro Conjunto Residencial Santo Ângelo, quando o motorista perdeu o controle do veículo e saiu da pista em direção a eles.
"Eu só vi o vulto do carro, fiquei atordoado com o barulho", disse Julio Batista Ribeiro, 22, um dos sobreviventes.
"Foi só desespero quando eu vi. Tive que tirar minha mulher de lá porque ela queria se matar", disse Geraldino Ferreira Nunes, 48, pai de Jeferson Andrade Nunes, 17, uma das vítimas. "Estava sentindo algo estranho e não conseguia dormir. Pedi para ele voltar para casa."
"Ela não via maldade em nada, era uma menina doce", relata Marta Fontana, 47, tia de Patrícia Rieper Fontana, 19, que também morreu no acidente.
Testemunhas do crime também relataram que o pedreiro tinha consumido bebida alcoólica. A polícia não soube informar se o teste do bafômetro foi realizado. O resultado do exame de sangue que vai comprovar se ele estava alcoolizado ainda não saiu.
Ele será indiciado sob suspeita de homicídio doloso e embriaguez ao volante.
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