Após ocupação no Complexo do Lins, Cabral diz que UPP chega à Maré no início de 2014
Após ocupação policial em 12 favelas do Complexo do Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) anunciou no final da manhã deste domingo (6) que o Conjunto de Favelas da Maré será o próximo a ser pacificado no primeiro trimestre de 2014.
"Tem todo um leque de ações e aplicação desses homens que vão se formar na PM [para instalação da UPP na Maré]. Foi uma estratégia [pacificar o Lins antes da Maré], não tem adiamento nenhum", disse o governador em entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle, na região central da cidade.
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, também negou que a implantação da UPP na Maré tenha sido adiada por falta de efetivo. "Nós nunca falamos que a Maré viria antes do Lins ou de outra comunidade. Ela vai ser ocupada, mas não vou dizer quando", disse Beltrame.
Segundo Cabral, serão investidos cerca de R$ 500 milhões em obras de infraestrutura que irão beneficiar não apenas o Complexo do Lins, mas o entorno das favelas da zona norte carioca.
"Com a operação desta madrugada, foram mais de 15 mil pessoas diretamente beneficiadas em 12 comunidades, fora os 150 mil moradores do entorno. Além disso, também foram beneficiados os usuários da autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, que era fechada constantemente por causa dos tiroteios", afirmou o governador.
A cúpula de segurança classificou a operação de hoje no como "bem sucedida". "Não tivemos nenhum disparo de arma de fogo", disse Beltrame.
Até a tarde de hoje não havia informações sobre os criminosos que atuavam na região e que estão foragidos. "Eles saem enfraquecidos. Agora, temos o compromisso de buscar essas pessoas", disse o secretário.
Ainda de acordo com Beltrame, desde o dia 20 de setembro, 180 pessoas foram presas por ligação com o tráfico de drogas do Complexo do Lins, 79 adolescentes foram apreendidos, além de 74 armas, sendo 14 fuzis.
CASO AMARILDO
O governador Sérgio Cabral chamou de "abominável" os métodos que teriam sido utilizados pelos PMs da UPP Rocinha contra o ajudante de pedreiro Amarildo Souza. "O caso Amarildo é um caso triste. Lamento profundamente a conduta desses policiais, que não representam a filosofia da UPP, que é garantir a paz, a dignidade, o direito de ir e vir", disse.
Já Beltrame garantiu que "a população pode confiar na polícia". "Acho que já demos uma resposta aos moradores [da Rocinha]. Essas pessoas não estão mais lá. Elas estão à disposição da Justiça", lembrou.
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