Termina ato de estudantes da USP; alunos marcam nova assembleia
Os cerca de 500 manifestantes, segundo estimativa da PM, que protestavam em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na zona sul da capital, começaram a se dispersar por volta das 19h30. O ato foi organizado por alunos da USP para reivindicar eleições diretas para reitor na universidade.
Antes da dispersão, os estudantes reclamaram da ausência do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do reitor da universidade, João Grandino Rodas. Segundo a assessoria de imprensa da USP, ambos foram convidados ontem pelo movimento estudantil para participar de uma assembleia na Alesp.
"Estamos muito decepcionados que o governador e o reitor não compareceram. Seria uma oportunidade de diálogo", diz Pedro Serrano, do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP. Segundo Serrano, os estudantes farão nova assembleia na USP amanhã, às 18h, para decidir os rumos da ocupação do prédio da reitoria, invadido em 1º de outubro.
Parte dos manifestantes ainda retornou pela Brigadeiro Luís Antônio, acessou a avenida Paulista e seguiu em caminhada até o Masp, bloqueando a via temporariamente no sentido Consolação. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a pista já estava totalmente liberada às 21h.
Acompanhado de perto por PMs da Força Tática, o ato foi pacífico. Agentes da Guarda Civil Metropolitana protegeram o Monumento às Bandeiras, no parque do Ibirapuera, perto dali.
O grupo se concentrou no vão-livre do Masp por volta das 16h e contou ainda com estudantes da Unicamp, Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) e integrantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). No trajeto, o tráfego foi bloqueado na avenida Paulista, no sentido Paraíso, e na avenida Brigadeiro Luís Antônio, no sentido Jardins.
Nesta quarta-feira, a Justiça de São Paulo negou um pedido de liminar feito pela USP pela desocupação do prédio da reitoria. O juiz-auxliar Adriano Marcos Laroca considerou que há "possibilidade de retomada do prédio sem o uso da força policial, bastando a cessação da intransigência da reitoria em dialogar de forma democrática com os estudantes".
No texto, diz ainda que "nesse momento, a desocupação involuntária, violenta, causaria mais danos à USP e aos seus estudantes do que a decorrente da própria ocupação."
O magistrado analisou o pedido de liminar (decisão provisória) após a audiência de conciliação realizada ontem com as duas partes, na qual não houve acordo.
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