Votação do aumento de salário de PMs é adiada para hoje
A votação na Assembleia Legislativa de São Paulo do aumento de 7% do salário dos policiais militares, civis, agentes e escolta, da Administração Penitenciária, aposentados e pensionistas foi adiada e deve ocorrer nesta quarta-feira.
O plenário da Assembleia não obteve quórum para aprovar o projeto de lei complementar, que exige o voto favorável de 48 deputados. Na votação iniciada ontem (22), foram obtidos 36 votos sim e 16 não.
As bancadas do PDT, PT e PCdoB e os deputados Edson Ferrarini (PTB), Oswaldo Vergínio (PSD) e Pedro Tobias (PSDB) votaram pelo não.
Marcelo Camargo/Agência Brasil | ||
Policiais militares entram na Alesp para assistir à votação de aumento salarial; categoria é contrária ao percentual de 7% |
A votação da lei complementar foi realizada após intenso debate entre deputados favoráveis e aqueles que defendem a rejeição ou o acolhimento de emendas, como o efeito retroativo do reajuste a março de 2013, data-base da categoria.
Um grupo de cerca de 800 policiais aposentados e familiares também ocupou na tarde de ontem os três plenários da Assembleia para pressionar a votação do aumento do salário da categoria.
O reajuste foi anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no mês passado, mas os policiais militares dizem que é pouco e pedem aumento salarial de 15% neste ano, e de 11% para o ano que vem.
"Queremos que o presidente da Câmara retire o projeto da pauta para que a gente abra novas negociações com o governo. Na prática, vai aumentar R$ 150 no salário de um soldado, isso ele ganha fazendo bico em um dia", afirmou Wilson Morais, presidente da Associação de Cabos e Soldados.
Como militares da ativa não podem participar de manifestações, eles são representados por PMs aposentados, parentes e pensionistas. Antes de ocupar os plenários da Alesp, os policiais saíram em carreata e fecharam vias como as avenidas Marquês de São Vicente, 23 de Maio e Pedro Álvares Cabral, o que provocou lentidão.
Os PMs também reclamam do aumento de 10,5% dado apenas para a Polícia Civil, que, segundo a categoria, quebra da paridade entre as polícias. Após pressão, o governo anunciou na semana passada uma série de medidas para valorização da carreira, mas os PMs apontam que não aborda a questão salarial.
"Mesmo ele [o governador Geraldo Alckmin (PSDB)] sendo injusto com a gente, somos nós que defendemos ele e a família dele do PCC", afirmou Morais.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Acompanhe toda a cobertura dos blocos, festas e desfiles do Carnaval 2018, desde os preparativos
Tire as dúvidas sobre formas de contaminação, principais sintomas e o processo de imunização
Folha usa ferramenta on-line para acompanhar 118 promessas feitas por Doria em campanha