Homicídios em SP ficarão abaixo de 4.500 registros em 2013, diz Alckmin
Pré-candidato à reeleição em 2014, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participou nesta terça-feira de debates na Câmara dos Deputados sobre uma área que será central na campanha política em São Paulo, a da segurança pública.
O tucano voltou a defender projeto que encaminhou ao Congresso em abril com o objetivo de endurecer a punição a jovens infratores, como o aumento do tempo máximo de internação de 3 para 8 anos.
Também afirmou que o número de homicídios no Estado --que cresceu em 2012 em boa parte devido à guerra não declarada entre policiais e o crime organizado-- irá cair em 2013.
"Esse ano de 2013 deveremos ter uma redução significativa de homicídios. Tivemos problemas no final do ano [de 2012] por questão do combate ao tráfico de drogas, e você não tem uma queda linear sempre, mas nós tínhamos em 1999, 12.880 homicídios. Baixou para 11, 10, 9, 7, 6 ,5 [mil], ano passado foi 4.800. Esse ano ficará abaixo de 4.500", afirmou Alckmin.
Em novembro do ano passado, quando o governo identificou que os índices não se revertiam, o secretário de Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto foi substituído por Fernando Grella Vieira.
Com o aumento de 15% no número de homicídios em 2012, São Paulo tem taxa de 11,5 casos por 100 mil habitantes (sua meta anunciada é ter índice inferior a 10), mas ainda assim tem uma das menores taxas do país.
Alckmin participou em Brasília de reunião da comissão da Câmara dos Deputados que analisa mudanças na legislação em relação a adolescentes infratores.
No encontro, o governador e os demais participantes foram confrontado por um estudante de antropologia da UnB (Universidade de Brasília), Carlos Vinícius, 19, para quem a discussão sobre o tema girava em torno de um desejo de "vingança" contra os infratores, não no sentido de promover políticas públicas que previnam esse tipo de situação.
Em sua resposta, o tucano disse que combate é a "cultura de impunidade".
"Não se deseja vingança. O que o país não pode ter, e precisamos dar basta, é a cultura da impunidade. A impunidade estimula o crime, ela deseduca, não estabelece limite. Desde o crime do colarinho branco, do rico que não vai para cadeia, até ao jovem que não se coloca limite."
Em sua proposta, Alckmin também defende que seja colocado em regime especial de detenção, em áreas isoladas dentro das próprias unidades, aqueles infratores que completam 18 anos e que tenham cometido crimes hediondos.
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