Motorista de veículo que atropelou e matou jovem em SP continua foragido
O proprietário do Fiat Stilo que atropelou e matou Jéssica Bueno da Silva, 22, na madrugada de ontem (20) ainda não se apresentou à polícia.
De acordo com a polícia, o proprietário do carro é Vagner Ferreira, 28. Policiais foram ontem à casa dele na Brasilândia (zona norte), mas não o encontraram. Familiares disseram que Ferreira ficou muito abalado com o acidente e que pretendia se apresentar à polícia.
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O Fiat Stilo, ano 2008, foi financiado e tem R$ 307 em multas de trânsito ainda pendentes.
Zanone Fraissat/Folhapress |
Foto do documento de identidade da vítima |
O autônomo, que trabalha assentando pisos com o pai e um irmão, responderá à acusação de homicídio culposo (não intencional) e fuga de local de acidente.
"Vou analisar tudo. Se surgirem fatos, posso mudar para dolo eventual [intencional, por ter assumido o risco de provocar a morte]", disse o delegado Marcel Druziani., que investiga ainda se o motorista disputava um "racha".
A reportagem não conseguiu localizar o advogado de Ferreira.
Ao ser atropelada, Jéssica ficou presa ao veículo e foi arrastada por cerca de 200 metros. O motorista fugiu do local e abandonou o veículo na via.
Segundo testemunhas, ela foi atropelada quando cruzava, pela faixa de pedestres, a avenida General Edgar Facó, por volta da 0h.
Mãe de uma menina de quatro anos, ela estava com o namorado e mais quatro amigos indo para um show no Centro de Tradições Nordestinas, no Limão. Comemorava um novo emprego.
Jéssica conseguiu evitar um primeiro carro em alta velocidade, mas acabou atropelada pelo segundo.
"O farol estava fechado para os carros. Um parou e ela começou a atravessar. Outro carro passou a mil' no farol vermelho, ela conseguiu desviar, mas o Stilo, que veio na sequência, pegou ela", disse Geyvyson dos Santos, 20, namorado de Jéssica.
Zanone Fraissat/Folhapress | ||
Carro que atropelou e arrastou mulher na zona norte de SP; motorista do veículo fugiu sem prestar socorro à vítima |
TETO SOLAR
Com o impacto, o corpo da jovem atravessou o para-brisa, destruiu o teto solar e ficou preso dentro do carro.
O veículo ainda percorreu cerca de 200 metros até parar, em cima da ponte do Piqueri, onde foi abandonado pelo motorista e outras duas pessoas que estavam em seu interior, disseram testemunhas.
"A possibilidade de ser um racha é muito grande. Pelo estrago do carro, acredito que estava a 120 km/h", afirmou o delegado. A velocidade máxima permitida na avenida é de 60 km/h.
"Foi tudo num piscar de olhos. Ouvi o barulho e ela desapareceu. Eu ainda corri atrás do carro. Mas quando cheguei eles já tinham fugido", disse Santos.
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