Haddad vai congelar 20% do orçamento de São Paulo
O prefeito Fernando Haddad (PT) vai congelar cerca de 20% do Orçamento da cidade de São Paulo. Dos R$ 50,6 bilhões previstos para este ano, R$ 10 bilhões serão bloqueados.
Sem o montante, a Prefeitura de São Paulo vai começar o ano com R$ 200 milhões na conta voltada para investimentos diversos. A expectativa da prefeitura é que em 2014 o caixa para investimentos começasse o ano com R$ 1,2 bilhão, caso houvesse o aumento do IPTU, barrado na Justiça.
De acordo com a secretária Leda Paulani (Planejamento, Orçamento e Gestão), economista de formação, quase todos os projetos da área de saúde e educação, orçados em R$ 380 milhões, também devem ser mantidos.
"A não ser que seja necessário relocar recursos para as despesas de custeio", disse, ontem, a secretária. As outras áreas, como transportes e moradia entretanto, estão comprometidas.
No ano passado, em termos de comparação, São Paulo começou o ano com R$ 810 milhões para investimentos. Todos os valores consideram apenas as próprias receitas da prefeitura.
Em 2013, a entrada de recursos de outras fontes, como fundos e repasses estaduais e federais, fez com que a gestão Haddad (PT) investisse R$ 3,7 bilhões na cidade.
De acordo com os representantes da prefeitura, o grande esforço, neste ano, será obter recursos para a manutenção dos contratos assinados com a presidente Dilma Rousseff (PT), no ano passado.
É a única forma, segundo os gestores, do orçamento para investimento crescer de forma importante.
"O caminho será tortuoso, mas vamos tentar [investir mais recursos em São Paulo]", afirma Leda. Considerando apenas os recursos da própria prefeitura, o orçamento paulistano está em R$ 28,8 bilhões.
Grande parte dos projetos, em todas as áreas, fora saúde e educação, estão comprometidos. Principalmente, aqueles que precisarem de muito dinheiro para desapropriações. Essas ações só podem ser feitas com recursos da própria prefeitura.
Verbas federais, ou dos fundos, não podem ser usadas para compra de áreas.
Neste mês, Haddad já havia anunciado o corte nas desapropriações de terrenos para a construção de novas obras. A medida atingiu todas as secretarias da administração, inclusive as principais, como Educação e Saúde.
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