Greve de ônibus em Porto Alegre continua neste sábado
A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Porto Alegre continua neste sábado, de acordo com informações da EPTC ( Empresa Pública de Transporte e Circulação).
Cerca de dez ônibus da viação Viação Alto Petrópolis chegaram a circular nesta manhã, mas a empresa recolheu todos os coletivos após um deles ter sido depredado.
A greve começou no início da semana e os trabalhos foram totalmente interrompidos ontem. Apenas ônibus intermunicipais e micro-ônibus executivos circularam.
Segundo as empresas de transporte, 22 ônibus foram depredados até o meio da tarde de quinta-feira (30).
A associação das empresas diz que um artefato caseiro foi atirado contra um ônibus que estava em circulação na zona leste. O ônibus sofreu um princípio de incêndio e foi danificado, mas ninguém ficou ferido.
A Câmara dos Dirigentes Lojistas estimou a queda nas vendas nesta semana em 25%. Como os funcionários não conseguiram chegar ao centro, órgãos públicos não funcionaram.
Os micro-ônibus executivos municipais, com passagem a R$ 4,20, eram a única alternativa para muita gente. No fim da tarde de quarta-feira (29), vans e ônibus clandestinos ofereciam transporte por até R$ 5.
PROTESTO
Um protesto contra um possível aumento da passagem de ônibus e a favor da greve de motoristas e cobradores reuniu centenas de pessoas em frente à Prefeitura de Porto Alegre por volta das 19h de sexta-feira (31).
O ato foi convocado pelo Bloco de Luta pelo Transporte, integrado por organizações estudantis e entidades que pedem o passe livre.
Os manifestantes caminharam cerca de três quilômetros até o ginásio Tesourinha, onde os grevistas faziam uma assembleia. A decisão foi a de manter a greve por tempo indeterminado.
O prefeito José Fortunati (PDT) e o governo de Tarso Genro (PT) trocaram críticas sobre a atuação da polícia durante a paralisação.
A passeata seguiu em direção à sede do Grupo RBS, onde, por volta de 20h30, alguns manifestantes mascarados atiraram pedras nos vidros do edifício e quebraram placas de sinalização.
A Brigada Militar (a PM gaúcha), que acompanhava a manifestação à distância, cercou o edifício. O clima ficou tenso no local, mas não houve confronto. Em dois protestos em junho de 2013, ocorreram conflitos entre PMs e manifestantes nas proximidades do prédio da RBS.
Cerca de 15 minutos depois, os manifestantes voltaram a caminhar em direção ao centro da cidade.
Em frente ao ginásio, os manifestantes queimaram um boneco representando o prefeito Fortunati e fizeram coro afirmando que o "rodoviário é amigo". Poucos grevistas que estavam na assembleia aderiram ao protesto.
No fim da passeata, líderes dos manifestantes defenderam em um carro de som ajuda ao bloqueio de garagens de ônibus feito por motoristas e cobradores para manter a paralisação.
Eles prometem organizar uma nova passeata na próxima semana.
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