Vizinhos disseram ter ouvido gritos antes de três morrerem em SP
Vizinhos das três pessoas encontradas mortas dentro de um apartamento de luxo na região da Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (7), disseram ter ouvidos gritos antes dos disparos que mataram mãe, filho e a namorada dele.
A empregada doméstica Maria de Jesus de Souza, 53, que trabalhava no quinto andar do prédio onde eles moravam, disse que o filho da médica pediatra Elaine Moreira Munhoz, 56, pediu para que ela não atirasse. "Ouvi barulhos de móveis arrastando e o menino gritando: Não, não, não", disse.
Segundo vizinhos, Elaine atirou e matou a namorada do filho, Mariana Marques Rodella, 25, quando o rapaz caminhava pelas ruas da região com o cão de estimação. Ao chegar em casa, Giuliano Munhoz Landini, 25, teria sido baleado também, e depois a mãe cometido suicídio. O casal estudava medicina.
Reprodução/Facebook/Mariana Marques Rodella | ||
Mariana Rodella e Giuliano Landini, encontrados mortos na manhã desta sexta (7), na zona oeste de SP |
Souza afirmou que ouviu dizer que a mulher tinha alguns desentendimentos com o filho por causa da futura nora. "Ela [mãe] não aceitava o casamento do único filho. Eu me encontrava com ele às vezes. Eram maravilhosos, não faziam barraco", afirmou.
O representante comercial Eduardo Amaral disse que o pai dele, que mora no quarto andar, também escutou os gritos. "Meu pai disse que o rapaz ficava gritando 'não' e depois ouviu os estampidos.
O prédio, de alto padrão, tem um apartamento por andar. O imóvel onde os corpos foram encontrados, que fica no segundo andar, tem 168 m², quatro quartos e é avaliado pelo mercado em cerca de R$ 1,4 milhão.
LUTO
A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, onde Giuliano cursava o quarto ano de medicina, decretou luto oficial de três dias.
A direção da escola e a mantenedora, Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, divulgaram nota em que afirmam estarem "consternadas com a morte trágica do aluno".
Em nota, a Unisa (Universidade de Santo Amaro), onde Mariana estava no sexto ano de medicina, afirma sentir "profundo pesar" pela morte da aluna. "À sua família e amigos, a instituição presta seus sinceros sentimentos e solidariedade."
A família dela, de São José do Rio Pardo (a 254 km de São Paulo), não foi localizada pela reportagem.
Danilo Verpa/Folhapress | ||
Prédio onde três pessoas foram encontradas mortas na manhã desta sexta (7), na zona oeste de SP |
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