Agentes penitenciários entram em greve em São Paulo
Agentes penitenciários de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira (10) para reivindicar, entre outras coisas, reajuste de 20,64%, referente à inflação do período de 2007 a 2012, mais 5% de aumento real no salário.
Segundo o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), um dos sindicatos da categoria, 16 mil dos 30 mil funcionários de presídios (ou 53,3%) estão parados. No fim da tarde, balanço da entidade apontava para paralisações em 80 das 158 unidades prisionais do Estado.
A Secretaria de Administração Penitenciária informou, em nota nesta noite, que "todas as unidades funcionam dentro dos padrões de segurança estabelecidos e que apenas alguns serviços foram afetados com a paralisação parcial dos funcionários" em 20% dos presídios.
A greve foi deliberada na quarta-feira (5) passada. Segundo o Sindasp, na sexta-feira (7), o governo convocou a categoria para uma reunião de negociação, marcada para amanhã (11).
Para o secretário-geral do sindicato, Cícero Félix de Souza, a convocação do governo para a reunião desmobilizou parte da categoria, que está em "stand by".
"Caso o governo atenda nossas reivindicações, a gente para a greve [amanhã]. Do contrário, a gente intensifica", disse Souza. Ele acrescentou que serviços essenciais dentro dos presídios, como entrega de refeições e condução ao banho de sol, serão mantidos.
Diversos setores do funcionalismo paulista, inclusive os agentes penitenciários, tiveram há cerca de dois meses reajuste de 7%. O salário-base inicial de um agente penitenciário é de cerca de R$ 2.000, segundo o sindicato.
Segundo Souza, o principal ponto da pauta de reivindicações é a redução, de 8 para 6, das classes de agentes de segurança existentes, para que os trabalhadores consigam se aposentar nas categorias mais altas (com salários melhores).
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) criticou a paralisação dos servidores na manhã de hoje. "Primeiro, não há nenhum problema de segurança na questão penitenciária. Segundo, não há nenhuma razão para greve, porque nós já estamos avaliando os pleitos e amanhã nós deveremos ter a definição do que é possível fazer tendo em vista o orçamento do Estado", disse.
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