Cumbica terá equipe menor para checar passaportes
O número de funcionários que checam passaportes de passageiros no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), cairá até 36% a partir de segunda-feira.
No aeroporto, o temor é de prejuízo ao atendimento de passageiros, com filas na imigração e emigração, áreas em que os funcionários atuam.
A Polícia Federal diz esperar que a redução não cause transtornos, embora não descarte que isso possa ocorrer.
A diminuição acontecerá porque no domingo vence o contrato entre a PF e a Randstad, terceirizada que presta o serviço atualmente.
Ainda não há uma empresa substituta, porque a licitação da PF atrasou e não está concluída. O órgão não deu detalhes sobre o problema.
Assim, na segunda, entre 224 e 314 pessoas ocuparão os postos provisoriamente. Hoje são 352 terceirizados na imigração e emigração.
TAPA-BURACO
Segundo o órgão, o atendimento será feito com esse contingente por duas a três semanas, até a licitação ser finalizada e a nova empresa passar a atuar em Cumbica.
O prazo causa desconfiança entre a equipe do aeroporto, apurou a Folha. Há medo de o atendimento ser prejudicado às vésperas da Copa.
O fim da tarde e o início da noite são os períodos mais movimentados para as partidas internacionais. As manhãs, para voos que chegam.
Para cobrir o buraco temporariamente e não deixar o serviço sem atendimento, a PF contará com 160 funcionários da Infraero, aproveitados graças a convênio firmado entre os dois órgãos.
Além disso, haverá 40 policiais federais de outras bases e 24 servidores da PF do próprio aeroporto.
A depender da demanda no setor de emigração e imigração, outros 90 policiais federais de Cumbica podem deixar suas funções atuais para atender os passageiros, segundo a PF. Todos os profissionais são treinados para a função, diz o órgão.
As últimas vezes em que problemas atrapalharam o atendimento da PF ocorreram em 2011 e 2012.
Nos dois períodos, paralisações de servidores da PF em Cumbica causaram filas de até duas horas na imigração, atrasaram voos e fizeram passageiros perder voos.
A GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, não se manifestou.
A Randstad limitou-se a dizer que o contrato com a PF termina no domingo.
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