Interpretação para classificar policiamento estava errada, diz PM
O comando da Polícia Militar de São Paulo diz que estava errada a interpretação adotada anteriormente para classificação do policiamento, aquela usada pelo TCE para avaliar o efetivo interno.
Segundo a PM, o correto é considerar como operacional todos os policiais de batalhões, mesmo em funções administrativas, já que eles são convocados para operações quando necessário.
"Não tivemos em nenhum momento intenção de mascarar nada ao TCE", disse o comandante-geral, Benedito Roberto Meira. "Nossa busca sempre foi incessante para colocar mais PMs na rua."
De acordo com o coronel Roberto de Jesus Moretti, subchefe do Estado Maior da PM, a orientação utilizada agora existia desde 2004.
"Quando nós vimos a recomendação do TCE no ano passado, até nos surpreendemos. Quem deu essa informação para o tribunal, por algum motivo, desconhecia ou se esqueceu dessa norma", disse.
"Revimos os conceitos, atualizamos e, partir daí, nós ajustamos a conceituação", afirmou Moretti.
Para o coronel, essa nova classificação não induz a população de que o efetivo de rua está maior do que realmente é. "Esse pessoal é operacional. Hoje, a PM emprega todos os policiais dos batalhões em inúmeras atividades operacionais."
Qual a dificuldade para colocar mais homens nas ruas? "Eu posso aumentar o efetivo e colocar 90 mil homens na rua, mas eu acabo com a administração. Como o policial vai receber? Como vou fazer a manutenção das frotas? Eu tenho uma máquina aqui muito grande", disse Meira.
COMPARAÇÃO
Ainda segundo o comandante-geral, o efetivo da capital é insuficiente. São cerca de 19 mil homens para 11 milhões de habitantes. Em Nova York, são 42 mil policiais para 8 milhões -sendo que só 12 mil homens fazem apenas trabalhos internos.
Sobre os mecânicos, a PM diz que a maioria trabalha agora apenas para levar veículos a empresas contratadas.
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