Falha geológica pode ter causado cratera no Rio, diz subsecretário
O subsecretário municipal da Defesa Civil do Rio de Janeiro, Márcio Mota, informou na manhã desta segunda-feira (12) que o afundamento do solo na rua Barão da Torre, em Ipanema, na zona sul da cidade, foi causado, provavelmente, por uma falha geológica por onde estava passando o equipamento –conhecido como "tatuzão"– usado na perfuração das obras da linha 4 Sul do metrô.
Na madrugada de domingo (11), surgiram buracos em frente aos prédios 132, 133, 137 e 141 da rua Barão da Torre. De acordo com o subsecretário, alguns prédios estão sem abastecimento de gás e não houve problemas no recalque dos prédios.
"Em princípio aponta-se para uma falha geológica. As análises do solo determinaram que era possível fazer desse modo construtivo. Em um determinado ponto encontrou-se uma falha geológica em que houve o recalque da calçada e da pista, não dos prédios. Houve uma área de, aproximadamente, quatro metros de largura um afundamento de quase dois metros de profundidade", explicou.
Segundo Mota, a obra continuará paralisada enquanto a análise da provável causa do afundamento do solo e a apresentação dos novos procedimentos que serão adotados para continuar a perfuração do solo naquela área não são concluídas.
Ainda de acordo com o subsecretário, a Defesa Civil deve receber essa resposta no meio desta semana.
"Imediatamente tivemos que determinar a paralisação da máquina no subsolo e a injeção de bastante concreto nesses vazios para poder dar segurança a todo o entorno. Nenhum pino de verificação de recalque das fachadas dos prédios sofreu alteração. As edificações estão seguras", concluiu.
O Consórcio Metrô Linha 4 Sul –responsável pela construção da linha de metrô que vai ligar a Barra da Tijuca, na zona oeste, a Ipanema, na zona sul da capital fluminense– informou, em nota, que o reparo da calçada foi feito imediatamente após o afundamento causado pelas obras de construção da linha subterrânea do metrô.
De acordo com o consórcio, os moradores não precisam se preocupar, pois "todas as medições apresentam resultados dentro dos limites esperados".
Tomás Silva/Agência Brasil | ||
Defesa Civil afirma que não há riscos nas estruturas dos prédios da rua que cedeu no Rio |
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