Quinto suspeito de linchamento se entrega à polícia em Guarujá
O quinto suspeito de participar do linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33, em Guarujá, na Baixada Santista, se apresentou espontaneamente à polícia no início da tarde desta segunda-feira (12).
Abel Vieira Batalha Júnior, 18, era o último suspeito foragido da Justiça. Segundo a Polícia Civil, ele se entregou acompanhado de um advogado.
O suspeito foi identificado nas imagens obtidas pela polícia no dia do crime. É mais conhecido como Pepê.
Batalha Júnior é apontado como um dos responsáveis por amarrar e arrastar a dona de casa em uma rua da comunidade de Morrinhos, na periferia da cidade, segundo o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior.
As roupas que ele usava no dia do crime também foram apreendidas e ajudaram a polícia a identificá-lo. A mãe do suspeito, segundo o delegado, também foi procurada e ouvida na semana passada.
A Polícia Civil já prendeu todos os cinco suspeitos que participaram ativamente da morte de Fabiane, com golpes, chutes e outras agressões.
Além deles, as investigações apontam que ao menos outras três pessoas que agrediram Fabiane ainda precisam ser identificadas.
Os cinco suspeitos presos foram indiciados sob suspeita de homicídio qualificado. Eles ficarão temporariamente, por determinação da Justiça, na cadeia anexa ao 1º DP de Guarujá.
SEQUÊNCIA DE AGRESSÕES
Na última sexta-feira (9), em entrevista à imprensa, o delegado reconstituiu uma sequência do linchamento. Segundo ele, Jair dos Santos –o quarto suspeito a se entregar à polícia– é quem lança Fabiane no mangue e, em seguida, Valmir Dias Barbosa, 47, golpeia a cabeça dela com um caibro (pedaço de madeira).
A polícia também informou que o ajudante geral Lucas Rogério Fabrício Lopes, 19, passou com a bicicleta sobre a cabeça da vítima e que Carlos Alex Oliveira de Jesus, 23, usou uma corda para arrastar o corpo dela pela rua e a chutou.
Ainda segundo o delegado, a investigação se divide na análise de "dezenas" de vídeos do espancamento e nas oitivas com testemunhas que presenciaram o crime, a fim de identificar novos participantes do crime.
DEFESA
O advogado Marco Antônio Botelho, que faz a defesa dos suspeitos Barbosa, Jesus e Lopes, afirmou não acreditar na inocência dos três, mas disse que nenhum deles tem antecedentes criminais e que diante disso, vai tentar reduzir a pena e a tipificação do crime.
O defensor de Jair dos Santos, o advogado Marcos Vinícius Ferreira Santos negou a participação de seu cliente no crime.
A Folha não conseguiu localizar o advogado de Batalha Júnior.
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