Justiça nega pedido de defesa e mantém prisão de Elize Matsunaga
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu manter nesta segunda-feira (16) a prisão de Elize Araújo Kitano Matsunaga, acusada pela morte do marido, Marcos Kitano Matsunaga.
A defesa de Elize pediu sua liberdade alegando que ela não oferece riscos à sociedade. Segundo a advogada de Elize Roselle Soglio o TJ negou a soltura alegando que o crime cometido teria causado forte clamor público.
O pedido foi analisado pela 7ª câmara criminal do tribunal.
A mulher é acusada de homicídio triplamente qualificado –por motivo torpe, meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima– além de destruição e ocultação de cadáver.
A defesa, no entanto, questionou duas qualificadoras do homicídio. A justificativa é de que seria incorreto acusá-la de crime sem chance de defesa da vítima e de ter matado o marido por meio cruel, como acusa o Ministério Público. Parte da argumentação de Elize é de que Marcos já estivesse morto quando foi esquartejado.
O TJ decidiu que caberá ao Conselho de Sentença (juri) decidir as qualificadoras do homicídio, durante o seu julgamento, ainda sem data prevista.
A defesa de Elize irá recorrer do pedido ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
CRIME
O crime ocorreu em 19 de maio de 2012, no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo), e os pedaços do corpo de Marcos foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São Paulo).
Segundo a defesa de Elize, ela matou Marcos após uma discussão na qual foi agredida por ele e também porque temia ficar sem a guarda da filha, em uma eventual separação do casal. A briga entre o casal começou porque Elize confrontou Marcos com a descoberta de uma traição por parte dele.
Para a Promotoria, Elize matou e esquartejou o marido de maneira premeditada para se vingar porque era traída e também para ficar com R$ 600 mil de um seguro de vida da vítima.
Elize é ré confessa e está presa desde o dia 4 de junho do ano passado no Complexo Penitenciário de Tremembé (a 138 km de São Paulo). Ela é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (que serve para aumentar a pena), motivo torpe (vingança), recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.
Em depoimento à polícia, a babá Mauriceia José Gonçalves dos Santos afirmou que Elize comprou uma serra elétrica portátil no dia em que Marcos foi morto e esquartejado. O equipamento foi adquirido no Paraná, pouco antes de Elize, a filha e a babá retornarem para São Paulo.
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