Governo quer tornar permanentes os centros de segurança da Copa
O Ministério da Justiça quer doar os equipamentos dos centros integrados de segurança usados na Copa aos 12 Estados-sede e transformar em permanentes as estruturas onde, durante o Mundial, forças federais e estaduais operaram em conjunto.
A proposta será formalizada aos Estados nesta sexta-feira (18), durante encontro de secretários de Segurança em Salvador (BA).
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirma que a ideia é reforçar o controle nas fronteiras com outros países e nas divisas dos Estados por meio de ações permanentes e integradas das polícias estaduais, Federal, Rodoviária Federal e Forças Armadas.
"Uma coisa é todo mundo sentar para planejar, a outra é operar junto no dia a dia", diz Cardozo, explicando que os centros podem, por exemplo, reforçar operações em rodovias e buscar pistas de pouso clandestinas, além de intensificar o combate ao tráfico de drogas e de armas.
O governo federal investiu em cada um dos 12 centros
R$ 70 milhões em equipamentos. Cada cidade-sede providenciou a estrutura física, adaptando prédios ou construindo novos espaços. A ideia é doar o material comprado com verba federal aos governos estaduais, que assumiriam a manutenção.
São, em sua maioria, computadores, câmeras e equipamentos de comunicação.
No primeiro momento, os Estados que não tiveram jogos da Copa ficam sem essa estrutura integrada.
O ministro afirmou temer que, devido ao fim da Copa e ao início da campanha eleitoral, "a mesquinhez política" atrapalhe a proposta.
Mas, de acordo com Cardozo, a negociação para a doação começou há tempos.
O ministro nega que a ideia tenha sido discutida como proposta de campanha pela equipe da presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição em outubro.
Questionado se a medida não seria uma bandeira eleitoral da petista, ele afirmou: "Na campanha eleitoral, todos vão utilizar as propostas que acham corretas".
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