Mulheres fazem ato contra projeto que cria 'vagão rosa' no metrô e CPTM
Um grupo de cerca de 100 pessoas fez na tarde desta sexta-feira (18) um protesto na região central de São Paulo contra o projeto de lei que cria o chamado "vagão rosa", que é exclusivo para mulheres, nos trens do Metrô e da CPTM.
Criada pelo deputado Jorge Caruso (PMDB), a medida foi aprovada na Assembleia no dia 4 para proteger as mulheres de abusos sexuais no transporte superlotado. O projeto seguirá para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pode vetar ou aprová-lo.
O ato, que começou na praça da Sé, foi organizado por grupos feministas. Os manifestantes saíram em passeata, fecharam ruas da região central e seguiram até o Theatro Municipal.
O protesto acabou por volta das 19h45. "Violência não, quero poder andar em qualquer vagão", cantaram as feministas, acompanhadas por uma bateria. Outros gritos pediam que o governador vete a medida.
"É uma medida paliativa, que segrega a mulher, e que não resolve o problema do abuso. O vagão tira o direito da mulher a todo o espaço público", disse Julia Forbes, 19, militante do grupo Rua - juventude anticapitalista.
Policiais militares e guardas civis metropolitanos acompanharam o ato, que não teve conflito.
A secretária Elisabeth Levada, 59, caminhava pelo viaduto Boa Vista enquanto a marcha passava pelo local. Ela aprovou o protesto. "Não tem que ter separação. Você vai proteger quem faz o abuso. O que falta é respeito e a punição para quem abusa", disse ela, que usa o metrô diariamente.
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