Contra congestionamentos, Viracopos terá novos acessos viários
Sexto maior aeroporto do Brasil em número de passageiros transportados e maior do país em importação de cargas, Viracopos ganhará novos acessos viários, obras estimadas em R$ 558 milhões.
Hoje, a rodovia Santos Dumont (SP-075), que liga Campinas a Indaiatuba e tem congestionamentos diários devido ao excesso de tráfego urbano, é praticamente o único acesso ao aeroporto.
Passageiros de outras regiões do Estado, que vão a Viracopos pelas rodovias Anhanguera (SP-330) e Bandeirantes (SP-348), também precisam passar pela Santos Dumont para embarcar.
As obras, antecipadas pela Folha em dezembro, foram anunciadas neste sábado (9) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em Campinas (a 93 km de SP).
Com previsão de conclusão daqui a três anos e meio, as intervenções devem ajudar a desafogar o trânsito no acesso a Viracopos e também na região de Campinas, onde é comum o uso das rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Santos Dumont e D. Pedro 1º para tráfego urbano, de deslocamentos diários.
O governador anunciou três obras: a construção de 7 km de marginais na Santos Dumont, no trecho entre Campinas e o aeroporto, passando pela Anhanguera e pela Bandeirantes; a duplicação da rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324), que liga Vinhedo à Santos Dumont e à Viracopos, mas hoje é pouco utilizada; e o prolongamento do anel viário de Campinas (SP-083), do entroncamento com a Anhanguera até as rodovias Miguel Melhado e Santos Dumont e o aeroporto.
As obras devem ficar prontas até o fim de 2017, segundo o Palácio dos Bandeirantes. No anúncio das obras, Alckmin disse que as três maiores cidades do Estado têm os três maiores aeroportos: São Paulo (Congonhas), Guarulhos (Cumbica) e Campinas (Viracopos). "Viracopos vai ser um dos grandes aeroportos, vai ser o grande 'hub' [para conexões de voos] do país."
As marginais da SP-075 custarão R$ 42 milhões e serão feitas pela concessionária Rodovia das Colinas, segundo o governo do Estado. A duplicação da SP-324 terá 14 km, custará R$ 183 milhões e será feita pelo DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo). A licitação deve ocorrer em setembro e a obra tem previsão de início em janeiro de 2015.
O anel viário, que atualmente tem 6 km e interliga a rodovia D. Pedro 1º à Anhanguera, já está sendo ampliado até a Bandeirantes. Hoje, Alckmin anunciou que ele futuramente será estendido à Miguel Melhado, já duplicada e com acesso à Bandeirantes, e à Santos Dumont, em frente à futura expansão de Viracopos.
Nas três etapas (Bandeirantes, Miguel Melhado e Santos Dumont) serão investidos R$ 303 milhões pela concessionária Rota das Bandeiras, segundo o governo. O acesso à Bandeirantes será concluído em janeiro e as outras duas etapas, até dezembro de 2017.
INCOMPLETAS
A extensão do anel viário beneficia os motoristas que trafegam pela D. Pedro 1º, rodovia que liga Campinas ao Vale do Paraíba e tem intenso trânsito urbano na chegada à cidade e no entroncamento com a Anhanguera. A duplicação da Miguel Melhado visa atender principalmente aos passageiros da capital e de Jundiaí, que poderão acessar a rodovia a partir da Bandeirantes e fugir do trânsito da Santos Dumont.
As marginais da Santos Dumont têm o intuito de separar o tráfego urbano do rodoviário, como já ocorre em parte da Anhanguera entre Valinhos, Campinas e Sumaré.
Em maio, o governador "inaugurou" as marginais da Anhanguera na região, mas até agora trechos ainda não foram totalmente liberados ao tráfego. Do km 92 ao 90 (sentido capital), entre o hotel Royal Palm Plaza e o empreendimento imobiliário Swiss Park, as vias nem sequer foram pintadas com a sinalização e cones isolam o local.
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