Prefeitura de SP faz audiência pública sobre construção de casas na zona sul
A Prefeitura de São Paulo irá organizar uma audiência pública com moradores da zona sul de São Paulo sobre a construção de casas habitacionais em uma área verde na região.
Um grupo de moradores, defende a criação de um parque na área conhecida como Parque dos Búfalos. Eles alegam que a construção de prédios para moradia popular deverá atingir áreas de nascentes da represa Billings.
Entre os apoiadores da criação do parque está o vereador Gilberto Natalini (PV). A prefeitura pretende construir, com o governo federal e estadual, 3.860 unidades habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida. O empreendimento deverá beneficiar 14 mil pessoas.
A audiência pública ocorrerá na próxima segunda-feira (15), no bairro Pedreira, zona sul.
Segundo a prefeitura, a audiência tem como objetivo explicar o projeto habitacional para a comunidade.
"A secretaria pretende informar aos moradores todos os detalhes do projeto de moradia popular, com as intervenções previstas". Ainda segundo a prefeitura, 70% do terreno será preservado para a implantação de um parque municipal de 550 mil metros quadrados.
A sessão acontecerá no CEU Alvarenga, na estrada Alvarenga, nº 3752, no bairro Pedreira, às 15h30.
TUMULTO
Manifestantes contrários à construção de casas populares nessa área fizeram um protesto na tarde desta segunda (8), durante a agenda oficial do prefeito Fernando Haddad (PT). Ele inaugurou um monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos da ditadura, no parque Ibirapuera.
Dois manifestantes fantasiados de búfalos e com faixas, pediam a criação do Parque dos Búfalos.
"Nós não somos contra a habitação. Mas lá existem seis terrenos que devem 20 anos de impostos [e poderiam servir de alternativa ao projeto]. E o senhor não vai construir em cima de oito nascentes", disse a Haddad o ativista Aurélio Rodrigues.
Lalo de Almeida/Folhapress | ||
Moradores protestam contra construção de moradia popular no que seria área de manancial na zona sul |
Em resposta aos manifestantes, o prefeito afirmou que o projeto já passou por liberações da Secretaria do Verde e da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo estadual.
Os manifestantes chegaram a interromper fala do secretário de direitos humanos da cidade, Rogério Sottili, da secretária nacional dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, e do próprio prefeito.
Familiares de mortos e desaparecidos durante a ditadura chegaram a vaiar os dois manifestantes.
Durante a inauguração do monumento, chegou a haver empurrões entre manifestantes e outros presentes no evento.
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