Eletropaulo muda forma de divulgação e oculta números de clientes sem luz
Em meio à crise de falta de luz na capital paulista e em alguns municípios da Grande São Paulo, a Eletropaulo alterou a forma de divulgação do número de clientes afetados em decorrência do temporal que atingiu a capital paulista entre a tarde e a noite de segunda (12).
Nesta quarta-feira (14), a empresa resolveu divulgar apenas o número de circuitos elétricos desligados: 3 dos 1.750 que fazem a distribuição de energia elétrica e não o número de clientes afetados, como havia feito nos dias anteriores.
Além disso, a empresa também não detalhou quais os bairros prejudicados com a falta de luz, informando apenas que as regiões sul e oeste da capital paulista e os municípios de Cotia, São Lourenço da Serra, Embu e Itapevi que permaneciam sem luz.
O último balanço divulgado pela Eletropaulo com número de clientes afetados foi na noite desta terça-feira (13), quando cerca de 350 mil clientes ainda permaneciam sem luz.
Na ocasião, a Eletropaulo informou que ao menos 78 árvores de grande porte caíram no temporal de segunda. Além das quedas de árvores, o vento e os mais de 8.000 raios registrados foram responsáveis pela falta de energia que chegaram a atingir 800 mil clientes.
Durante a chuva de segunda, 96 circuitos desligaram simultaneamente. Ao todo, a companhia atende a 6,8 milhões de pessoas em São Paulo e em mais 23 municípios da região metropolitana.
A Folha entrou em contato com a Eletropaulo, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.
'SITUAÇÃO ANORMAL'
O vice-presidente de operações da AES Eletropaulo, Sidney Simonaggio, definiu a situação que deixou 800 mil sem energia como "anormal". Em entrevista à Folha nesta terça, ele disse que a última situação parecida foi registrada em 2011, com a passagem de um ciclone extra tropical.
De acordo com ele, todas as equipes da Eletropaulo foram deslocadas para o trabalho de restabelecimento da rede elétrica. Mesmo assim, há pessoas que estão há vários dias sem luz devido às últimas chuvas.
"Não se trata de reparar a rede, se trata de reconstruir a rede. Esse trabalho de reconstrução chega a levar seis, oito horas. É o que acaba gerando o fenômeno da fila", afirma Simonaggio.
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