Sem-teto fecham ruas do centro em ato contra a tarifa e por moradia
Sem-teto fizeram um protesto nesta quarta-feira (14) em ruas da região central de São Paulo contra o aumento da tarifa e pela entrega de moradias.
O MTST (movimento do trabalhadores sem-teto) estima que o ato reuniu cerca de 2.500 pessoas. A Polícia Militar afirma que ele te a participação de aproximadamente 200 pessoas.
O grupo saiu da praça da Sé, por volta das 16h30, em direção à rua Boa Vista, onde estão as sedes das secretarias estaduais de Transportes Metropolitanos e Habitação.
*Vídeo de Giba Bergamim Jr.
Segundo o líder do MTST, Guilherme Boulos, os sem-teto queriam uma audiência com o novo secretário de Habitação, Nelson Luiz Baeta Neves Filho, que substituiu Marcos Penido.
"Com o Marcos havia diálogo. Com o novo, até agora não sabemos", disse Boulos.
Os sem-teto reivindicam que o governo mantenha o compromisso de entrega de moradias por meio do programa Casa Paulista, além de garantir a entrega de empreendimentos nas cidades de Embu, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
Uma comissão foi recebida pelas duas secretarias até por volta das 20h, quando o ato foi concluído. De acordo com o movimento, a administração acatou o pedido e suspendeu a reintegração de posse prevista para a próxima terça-feira (20) na ocupação Vila Sílvia, na zona leste de São Paulo, que existe há dois anos.
"Não vamos aceitar esse despejo sem alternativa às famílias", disse,
CONTRA A TARIFA
Boulos declarou apoio ao MPL (Movimento Passe Livre) contra o aumento da tarifa
"Vamos fortalecer os protestos, mas do nosso jeito. Integrantes do MTST vão aos atos do MPL, mas não faremos convocação massiva", disse.
Ele afirmou, porém, que o MTST seguirá fazendo seus próprios atos contra o aumento da tarifa.
Na semana que vem, o alvo serão terminais de ônibus municipais e intermunicipais na periferia, onde vão ocorrer novos protestos.
"Hoje vamos pegar o governo do Estado, mas a hora da prefeitura vai chegar", disse Boulos.
O líder criticou a polícia, que usou bombas de gás para reprimir o ato do MPL da última sexta-feira (9).
"A polícia tratou a parte como o todo. Dez pessoas quebram vitrine e eles (PMs) atacaram 10 mil pessoas", afirmou.
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