Crise da água pode causar aumento de casos de dengue em SP, diz prefeitura
A pior crise hídrica da história de São Paulo pode causar um grande aumento de casos de dengue na capital, segundo a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).
Nesta quarta-feira (4), a Secretaria Municipal da Saúde divulgou os primeiros dados de casos de dengue neste ano. De 4 a 24 de janeiro, foram confirmados 120 casos autóctones (adquiridos no município), ante 45 no mesmo período do ano passado.
A prefeitura teme que a incidência do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, cresça por causa da maior armazenamento de água pela população. A redução da pressão da água tem causado falta do recurso em toda a cidade.
Com isso, as pessoas tendem a guardar mais água. O mosquito se desenvolve na água limpa.
"A falta d'água gerou um comportamento esperado da população, que é guardar água em recipientes em casa. Não há problema nisso. Mas tem que cobrir esse reservatório, colocar um telinha ou uma tampa. Na medida que isso [armazenamento] ganha proporção, são novos criadores [do mosquito] que surgem no município", afirmou Paulo Puccini, secretário-adjunto de Saúde.
A prefeitura de São Paulo estima que a cidade pode enfrentar uma situação crítica em 2015, com até 90 mil casos de dengue até o fim do ano, conforme informou a coluna Mônica Bergamo.
Para conter esse avanço, a gestão reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. As subprefeituras também estão envolvidas neste trabalho preventivo.
Somando também os casos de dengue não adquiridos no município, a Secretaria Municipal de Saúde afirma ter tido 1.304 casos entre os dias 4 e 24 de janeiro deste ano, contra 495 notificações no mesmo período de 2014.
A secretaria também informou nesta quarta o registro de três casos de febre chikungunya, conhecida como "prima da dengue" este ano. Ela também é transmitida pelo Aedes aegypti e os sintomas são parecidos: febre alta, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar. Porém, no caso da febre de chikungunya, as dores nas articulações podem durar mais de seis meses.
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