Presos fogem de prisão após mulheres doparem agentes em cidade de MT
Vinte e sete presos da cadeia pública de Nova Mutum (a 270 km de Cuiabá) fugiram na madrugada desta quinta-feira (5) depois que duas mulheres seduziram e doparam dois agentes prisionais que faziam a segurança do local.
Na fuga, os presos levaram três espingardas calibre 12, dois revólveres calibre 38 e munições. Uma espingarda foi recuperada.
Os dois agentes e o diretor da cadeia foram presos e levados para a prisão de Santo Antônio do Leverger (a cerca de 30 km de Cuiabá).
Até a tarde desta sexta-feira (6), nove detentos haviam sido recapturados. Três deles retornaram à cadeia por conta própria.
Segundo a delegada Angelina Ferreira, que investiga o caso, duas garotas foram até a prisão na noite de quarta-feira (4) levando um "uísque nacional barato". Elas seduziram os agentes, entraram no local e serviram aos dois a bebida com uma substância desconhecida já misturada.
A Polícia Civil de Mato Grosso investiga qual substância foi misturada à bebida alcoólica servida a eles pelas mulheres.
"Assim que eles tomaram, já não se lembram de mais nada", diz a delegada. De acordo com ela, um agente foi encontrado zonzo, "tentando acordar". "O outro dormiu a tarde inteira e não conseguiu nem ser interrogado", afirma.
Uma das mulheres foi identificada como sendo a namorada do preso Bruno Ojeda Amorim, 18, suspeito de ter planejado a fuga. Ele estava preso por roubo, tentativa de homicídio, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo.
Amorim recebeu as chaves da namorada e abriu cinco celas, segundo informações da polícia.
CONTRADIÇÕES
Em depoimento, o diretor da cadeia disse que dormiu no local após a meia-noite, depois de assistir a uma partida de futebol em um canal fechado da TV a cabo e que não ouviu nada que indicasse uma fuga de presos.
A delegada afirma que há contradições no depoimento, já que os agentes disseram que as mulheres chegaram à cadeia por volta das 21h30 de quarta.
"Teve todo esse pessoal fugindo, teve barulho, e ele não fez nada", diz a delegada. Ela afirma que o diretor provavelmente não tomou a bebida, já que não estava dopado. "Ele diz que não pode beber nada alcoólico."
Os dois agentes e o diretor irão responder por facilitação qualificada de fuga de presos e peculato culposo (sem intenção) devido à subtração de armas, segundo a polícia.
A polícia vai analisar as imagens das câmeras de segurança para tentar esclarecer a fuga.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Acompanhe toda a cobertura dos blocos, festas e desfiles do Carnaval 2018, desde os preparativos
Tire as dúvidas sobre formas de contaminação, principais sintomas e o processo de imunização
Folha usa ferramenta on-line para acompanhar 118 promessas feitas por Doria em campanha