Haddad minimiza crise na Câmara e agradece opositores por aprovação
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), minimizou na manhã desta quinta-feira (12) a crise que atinge a base aliada na Câmara Municipal. Para amenizar ainda mais, o prefeito agradeceu até mesmo a oposição após ter um projeto aprovado.
A tentativa de amenizar o problema ocorre após o presidente da Casa, o também petista Antônio Donato, explicitar o problema e deixar esse atrito, principalmente com o PMDB, ainda mais explícito. "Quando o prefeito joga a responsabilidade para a Câmara com uma base frágil desta, ele atrapalha, provoca uma reação", disse Donato.
Para o presidente da Câmara, Haddad precisa cuidar da sua base aliada. "A gente levou na conversa até agora, mas o problema continua", disse.
A afirmação de Donato se referia a uma declaração de Haddad na qual o prefeito reclamou que o projeto que cria novos cargos na Controladoria do Município está engavetado desde o ano passado na Câmara da cidade.
Após ter conversado com Donato nesta quarta (12), após a declaração, Haddad disse que a frase foi colocada fora de contexto. "Ontem (11) mesmo aprovamos um projeto importante para iniciar as obras do hospital de Brasilândia (zona norte). Aproveito para agradecer o esforço que foi feito, inclusive a oposição", afirmou. Haddad disse ainda que tudo não passou de um "pequeno mal entendido".
Nesta quarta-feira (11), três dos quatro integrantes da bancada peemedebista na capital paulista não compareceram à Casa para votar a liberação para venda por até R$ 70 milhões da área da prefeitura onde funcionará o hospital privado por meio de concessão.
O texto foi aprovado, mas graças a um acordo com a oposição, já que o PSDB votou favoravelmente.
CRISE
Na semana passada, o PMDB não votou o projeto que institui a multa por desperdício de água e o que cria 100 cargos na Controladoria Geral do Município.
Na votação desta quarta, o partido só foi representado por um deles, Rubens Calvo, que subiu à tribuna para reclamar de Haddad. "O PMDB precisa ser mais valorizado, e os acordos precisam ser honrados", disse.
Sozinho, o partido não emperra votações na Casa, mas pode levar outros partidos a isso.
O partido pleiteia novas secretarias. Hoje, o partido tem três: Assistência Social, Educação e Pessoa Com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
Líderes do partido em São Paulo, Ricardo Nunes e Nelo Rodolfo indicaram dois nomes para a Secretaria de Segurança Urbana, mas não foram atendidos.
Com o crescimento da crise em Brasília, o clima azedou de vez em São Paulo.
Nunes e Rodolfo se reuniram com Haddad, mas não falaram sobre a crise. Porém o secretário de Relações Governamentais, Alexandre Padilha, os chamou e reclamou que eles não estavam na Câmara para votar o projeto sobre a venda da área do hospital.
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