Para alegria de uns e ódio de outros, horário de verão começa domingo
Arquivo pessoal | ||
As amigas Milena Aroni, 30 (à esq.), e Eli D'Amore, 26 |
Milena adora. Eli odeia. Para uma, acordar ainda no escuro não é problema nenhum. Para outra, um horror. Para Eli, sair do trabalho com o sol ainda brilhando não é vantagem alguma. Para Milena, faz toda a diferença.
Amigas, a editora de vídeo Milena Aroni, 30, e a fotógrafa e publicitária Eli D'Amore, 26, têm muito em comum. Em relação ao horário de verão, que começa à 0h deste domingo (18), no entanto, não têm a menor afinidade.
Uma "é do dia". A outra "é da noite". "Acordo às 6h, não tem jeito, meu relógio biológica desperta e não consigo dormir na claridade, ainda mais no calor", diz Milena.
No caso de Eli, o problema é outro. Muitas vezes vai dormir na hora em que a amiga acorda. "Odeio acordar cedo, simplesmente não dá", diz.
As afinidades que a vida tratou de juntar podem ser resultado das escolhas e dos gostos que as amigas desenvolveram durante a vida .
As diferenças, porém, podem ter explicação um pouco mais complexa: a genética.
Nosso relógio biológico é regulado de acordo com marcadores genéticos, responsáveis pelo hábito do sono.
Enquanto algumas pessoas são notadamente mais vespertinas, outras se sentem melhor durante a manhã, explica a diretora do Instituto do Sono e professora da Unifesp, Lia Rita Azeredo Bittencourt."Para a maior parte não há grandes repercussões [com o início do horário de verão]", afirma.
Entre os que mais sofrem com a mudança no organismo produzida pelo horário de verão estão as pessoas mais vespertinas e as que tendem a atrasar o sono –pessoas que costumam ir dormir de madrugada e acordar tarde.
Para os notívagos, no entanto, há formas de se adequar sem sofrer (tanto), explica a especialista. "O ideal é colocar bastante luz no quarto durante a manhã e diminuir a iluminação artificial durante a noite", afirma.
Em dois ou três dias, o organismo tende a se adaptar.
À 0h deste domingo (18), Milena e Eli, assim como todos os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país devem adiantar seus relógios em uma hora.
A mudança no horário não será a única alteração do final de semana. O calor também dá uma trégua na capital paulista. Sábado e domingo devem ser marcados por céu nublado, sol fraco e garoa a qualquer hora do dia. A máxima não passa dos 26°C.
As duas amigas ainda terão bastante tempo para se acostumar e continuar se encontrando sem problemas –e sem sono. O horário de verão vai até a 0h do dia 21 de fevereiro de 2016, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a estimativa de ganhos com a medida neste ano supera os R$ 7 bilhões.
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